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Entregadores param atividades por um dia em protesto contra aplicativos
Termômetro da Política
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Em São Paulo, entregadores fecharam a Ponte Octávio Frias de Oliveira (Foto: Carolina Barros/Mídia1508)

Expostos à pandemia causada pelo novo coronavírus e ainda sob condições de trabalho desumanas, entregadores em todo o Brasil param hoje (1) suas atividades por um dia, em protesto contra os aplicativos (apps) de entrega (delivery) de alimentos e refeições.

São alvos do protesto todos os apps que fazem o trabalho de mediar o consumo entre cliente e restaurante. Entre os principais estão iFood, Uber Eats e Rappi.

Debaixo de um discurso de autonomia e empreendedorismo está a exploração da força de trabalho. Os entregadores denunciam repasses tão baixos que sequer são suficientes para bancar a própria alimentação durante o expediente.

Leia também: Empreendedores: presos do lado de fora

Há relatos de quem faz entregas para o Rappi, por exemplo, sobre o baixo valor repassado por quilômetro rodado. Entregadores chegam a pedalar 10 km por apenas R$ 2.

O movimento reunido nas ruas e nas redes sociais digitais por meio das hashtags #GreveDosApps e #BrequeDosApps tem como pauta os seguintes pontos:

Aumento do valor mínimo por entrega; vale-refeição; seguro de vida, acidente e roubo; fim dos bloqueios arbitrários; fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) para o enfrentamento à rotina diante da pandemia da covid-19.

Confira abaixo registros das manifestações pelo país:

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