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Cultura -
Coral Fiocruz grava manifesto cultural em defesa da ciência
Termômetro da Política
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Artistas do Coral Fiocruz unem suas vozes em defesa da cultura, da ciência e do isolamento social contra o novo coronavírus (Foto: Reprodução/YouTube)

Isolados, sim; calados, jamais! Em manifesto virtual, integrantes do Coral Fiocruz têm mobilizado as redes sociais digitais com a gravação de “Eu no futuro”, canção de autoria de Lula Queiroga. O clipe foi gravado num formato que se assemelha à realização de uma videochamada em grupo, formato de comunicação bastante popular neste cotidiano imposto pela pandemia do novo coronavírus.

Assim, cada um de suas casas, em cenários que vão desde quadros pendurados na parede da sala até panelas previamente dispostas próximas à janela, os coralistas do grupo ligado à Fundação Oswaldo Cruz compõem um rico produto artístico e midiático.

A música leva arte às pessoas neste momento tão difícil, assim como, também, propõe uma provocação. Ao final do vídeo, o cartaz nas mãos de uma integrante do Coral Fiocruz faz um apelo pelo futuro da humanidade com as hashtags #SalveACiência e #FiqueEmCasa.

O pedido em defesa da ciência não é à toa, pois o Brasil, apesar dos mais de 70 mil mortos pela covid-19 e quase dois milhões de infectados, enfrenta forte discurso negacionista às evidências científicas, principalmente vindo da Presidência da República.

Assista abaixo ao clipe publicado no canal do autor, e em seguida, confira a letra da música:

Eu no futuro

Mama, olha eu no futuro
Mandando um abraço
Pelo cyberespaço
Mama, eu não faço mais besteira
Tá tudo mudado
Eu virei
Vagabundo globalizado
Mama, eu tô virado,
Eu virei…

Mama meu samba é guerreiro
Mesmo que qualquer distância
É menor que a saudade
Mama, hoje tem batuque no terreiro
Já tô avisado,
Eu virei
Vagabundo considerado
Um siderado brasileiro

Eu no futuro, mama olha eu
Eu no futuro, mama olha eu

No futuro a onda é diferente
Mas tem miséria igual
Tem solidão também
Minha janela dá prum céu escuro
Mas aqui é o futuro

A cozinha lá de casa não tem gravidade
E se eu abro a torneira
A água voa
E as panelas saem prá passear
Sob a garoa

Mama, eu tõ a toa,
Mas quando eu penso em você

Eu tô seguro
Eu tô no futuro

Eu no futuro (mama, olha eu)
Eu no futuro

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