Desde a polêmica reunião ministerial em que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sugeriu aproveitar o foco da imprensa na pandemia do novo coronavírus para ir “passando a boiada” no que diz respeito ao afrouxamento da legislação ambiental no Brasil, sua presença no governo do presidente Jair Bolsonaro tornou-se insustentável.
Apesar de ocupar o cargo de ministro, ambientalistas e técnicos consideram que Salles trabalha contra a pauta do meio ambiente. Por conta de seu trabalho como um verdadeiro ‘antiambientalista’, Salles atualmente enfrenta um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, pedido de afastamento do cargo feito pelo Ministério Público Federal (MPF), além de uma ruidosa pressão popular. Somente em um abaixo-assinado que circula na internet reunido sob a hashtag #TchauSalles, mais de 55 mil pessoas já se manifestaram pela saída do ministro.
O ministro deve cair nos próximos meses, mas não são apenas o Legislativo, o MPF e a pressão popular que o empurram para baixo. Um processo no qual ele é acusado por adulteração de mapas enquanto gestor do Meio Ambiente pelo Estado de São Paulo corre no Tribunal de Justiça estadual, onde Salles já foi condenado em primeira instância.
Conforme noticiou hoje o portal Congresso em Foco, o julgamento em segunda instância, marcado para 3 de setembro, foi adiado, sem nova data até então. Caso seja condenado novamente, Salles fica impedido de ocupar o cargo de ministro.