Encontrar uma notícia positiva advinda da Presidência da República desde que Jair Bolsonaro tomou posse parece uma distopia. De tudo o que este governo produz, do arrocho na economia às perseguições a direitos e liberdades individuais, além da postura do próprio presidente, que incentiva as fake news sob a falácia da liberdade de expressão, algo bom parece mentira.
Pois bem, a notícia de que a Agência Brasil passou a adotar o VLibras foi assim. Não que parecesse uma bomba, ou algo tão surreal, como se Bolsonaro estivesse preocupado com o bem-estar social. Nunca. Este governo sequer implantou um plano efetivo de enfrentamento à covid-19. O Brasil está entre as piores gestões do mundo no combate à pandemia.
Mesmo que uma gota no oceano, a adoção da ferramenta desenvolvida na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que traduz textos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é um grande avanço na democratização da comunicação.
Parece não ser tão grandiosa a função do programa, pois, em tese, os surdos poderiam saber ler. Assim é o imaginário coletivo de quem não conhece a realidade. Foi o meu, confesso. Me impressionou a palestra de um dos idealizadores da tecnologia, professor Tiago Maritan, do Centro de Informática da UFPB, quando demonstrou por meio de dados que a qualidade da compreensão do texto entre pessoas surdas é superior se a mensagem for transmitida em Libras.
Para nós do Termômetro da Política, acessibilidade sempre foi algo primordial. Fazemos uso do sistema VLibras desde o lançamento do nosso site.
Para quem quiser implantar o VLibras, o software é livre para uso. Basta acessar o site, lá o usuário vai encontrar todas as informações necessárias para “se apropriar” da plataforma, como eles incentivam, e tornar seus conteúdos mais acessíveis.