Deu o esperado. O ministro Felix Fischer, relator no STJ (Superior Tribunal de Justiça) do escândalo da “rachadinha”, decidiu mandar o policial aposentado Fabrício Queiroz de volta para a cadeia. Queiroz é peça chave no esquema de apropriação de parte dos salários dos servidores no gabinete do ex-deputado estadual do Rio (hoje senador), Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A decisão inclui também a mulher do policial, Márcia Queiroz de Aguiar. Ambos estavam em prisão domiciliar.
O magistrado também determinou que o caso continue tramitando em segredo de Justiça. A decisão de Fischer põe por terra a do presidente da Corte, João Octávio de Noronha. Ele havia decidido, durante o plantão do Judiciário, converter em domiciliar a prisão de Queiroz. A argumentação era a de que ele corria risco, por causa das contaminações pelo novo Coronavírus. A mulher, que estava foragida, Também foi beneficiada com o pedido.
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O caso foi apreciado no início de julho por Noronha. Fischer estava afastado da corte por motivos de saúde e voltou a despachar nesta semana no STJ. Com a decisão do relator, as atenções agora se voltam para o STF (Supremo Tribunal Federal), onde foi também protocolado um pedido de liberdade para Queiroz e Márcia Aguiar. O caso está com o ministro Gilmar Mendes.