O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28), o afastamento do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo. A decisão tem efeito imediato. As acusações têm como causa supostas irregularidades nos contratos emergenciais da gestão para o enfrentamento da Covid-19 no Rio de Janeiro. O vice, Cláudio Castro, assume o governo.
O STJ também expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do partido, e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico. Outros alvos foram o ex-prefeito de Volta Redonda, Sebastião Gottardo Neto, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano (PT). Ambos com mandado de prisão.
Agentes da Polícia Federal (PF) saíram da Superintendência, na Praça Mauá, no fim da madrugada. Os veículos da Polícia Federal chegaram ao Palácio das Laranjeiras logo no início da manhã para notificar o gestor sobre o afastamento. Há mandado de busca, também, contra a primeira-dama Helena Witzel. O gestor não será preso, por ter foro privilegiando.
A decisão do afastamento foi proferida pelo ministro Benedito Gonçalves. Pelo menos duas investigações foram levadas em consideração para a decisão. Trata-se da Favorita e da Placebo, ambas coordenadas pelo Ministério Público Federal. As duas foram desencadeadas em maio, tendo pessoas próximas ao governador como alvo.