Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
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Apoio do Estadão a Covas em editorial é jornalismo honesto
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Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (Psol) disputam o segundo turno para a Prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/Estadão)
Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (Psol) disputam o segundo turno para a Prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/Estadão)

Foi uma grata surpresa amanhecer hoje com a publicação do apoio do Estadão a Covas em seu editorial de domingo. Portanto, na disputa pelo segundo turno para a Prefeitura de São Paulo, o Estadão está com Bruno Covas (PSDB), contra Guilherme Boulos (PSol).

Muita gente pode achar que veículo de imprensa não deve tomar partido, mas é exatamente o contrário. Quando um grande veículo se posiciona a favor de candidato A ou B e deixa isso claro no espaço que reflete seu pensamento, o leitor está avisado sobre o posicionamento do jornal, e a relação de consumo da notícia ganha credibilidade. Quem quiser que leia e faça sua própria análise a partir do que aquele jornal passará a publicar. Cresce também a responsabilidade do veículo em produzir conteúdo de qualidade sem que seja identificado como panfletário.

Leia também: Anderson Pires analisa conjuntura política no segundo turno em João Pessoa

O apoio do Estadão a Covas é um marco histórico de grande avanço para a liberdade de imprensa e para a democracia. A falsa imparcialidade defendida pela imprensa ao longo dos anos só fez mal a todos os setores. Agora o jornal busca apagar um pouco da vergonha em “Uma escolha muito difícil”, naquele tenebroso editorial durante a campanha presidencial em 2018, quando claramente apoiou Bolsonaro, porém teve vergonha de assumir. Hoje, torna-se maior.

Não existe imparcialidade plena em veículo nenhum. Nem mesmo o jornalista consegue ser totalmente imparcial. É natural ter opinião, e por mais que se apresentem os dois lados e se dê o devido espaço, sempre haverá um recorte de quem produz a notícia. Tomar partido e deixar isso registrado é jogar o jogo limpo, como deve ser jogado.

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