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Polícia suspeita que ordem para matar Expedito partiu da própria família
Termômetro da Política
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A polícia suspeita que a ordem para matar o ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, partiu da própria família.
Expedito Pereira foi morto na quarta-feira da semana passada enquanto caminhava em Manaíra. Foto: Divulgação

Parece uma trama de novela mexicana, mas é a vida como ela é. A polícia suspeita que a ordem para matar o ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, partiu da própria família. Os detalhes da investigação foram apresentados nesta segunda-feira (14) pelo delegado Vítor Melo, titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Homicídios) da capital. O nome do suspeito não foi revelado.

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O delegado esclareceu que dois outros suspeitos de envolvimento no crime foram identificados pela Polícia Civil. Um deles foi preso no último sábado (12), momentos depois de as investigações levarem os policiais à moto usada no crime ocorrido na última quarta-feira (9). O proprietário do veículo, no entanto, foi isentado do crime até agora.

Ele contou à polícia que apenas emprestou a moto, sem saber que ela seria utilizada para a prática do crime. Um dos suspeitos de pegar a moto para entregar ao provável criminoso confirmou a versão. Ele, no entanto, atribuiu ao segundo responsável por pegar o veículo a responsabilidade pela entrega da moto ao executor do crime.

O delegado Vítor Melo demonstrou preocupação com as especulações sobre a autoria do crime. Ele negou, por exemplo, que o sobrinho do ex-prefeito, Ricardo Pereira, tenha sido preso. “Isso tem prejudicado as investigações”, disse, sem fechar questão sobre a suspeição que recai sobre o sobrinho de Expedito Pereira, que foi candidato a vereador em Bayeux neste ano com apoio do tio.

Uma declaração do delegado, no entanto, estabelece uma linha entre a investigação oficial e as especulações. O delegado disse que os responsáveis por pegar a moto para entregar ao executor do crime tinham relação laboral com Ricardo Pereira. Eles trabalharam como cabos eleitorais para o sobrinho de Expedito Pereira.

Além da expectativa sobre o depoimento do segundo condutor da moto, o delegado disse esperar o resultado da perícia na camisa do assassino. As imagens coletadas pela Polícia Civil junto à Semob e à PRF mostram que ele abandonou a camisa usada no crime, para despistar os investigadores.

Com a camisa encontrada, a Polícia Civil espera encontrar elementos do DNA que levem à prisão do executor do crime.

Expedito Pereira foi assassinado na manhã da última quarta-feira, enquanto caminhava pela Avenida Sapé, em Manaíra. Ele foi abordado pelo motoqueiro, que sacou uma arma e atirou duas vezes contra o ex-gestor. A polícia investiga como a moto foi “resgatada” e entregue ao proprietário.

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