Na próxima quinta-feira (17), em modo semipresencial, o Plenário do Senado fará uma sessão de debate temático a partir das 10h para discutir a apresentação do plano de vacinação do governo federal e dos governos estaduais contra a covid-19. O requerimento da sessão foi assinado pelos senadores Esperidião Amin (PP-SC), Nelsinho Trad (PSD-MS), Marcelo Castro (MDB-PI) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), e apoiado por vários outros.
Para o debate, foram convidados:
Também devem participar representantes da secretaria da Anvisa responsável pela área de imunização e dos laboratórios fabricantes das vacinas.
Segundos os senadores, várias dúvidas precisam ser esclarecidas a respeito da futura vacinação. O texto do requerimento lembra que já existem ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o governo federal a apresentar um plano de vacinação e para questionar o presidente da República, Jair Bolsonaro, por ter desautorizado o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em relação a uma possível compra da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com o laboratório Sinovac, da China.
“É necessário que o Congresso Nacional busque sanar essas dúvidas à população. O Senado Federal e a Câmara dos Deputados, como responsáveis pela fiscalização das ações do governo federal, precisam, com maior brevidade possível, discutir o assunto e tentar auxiliar na superação dos desafios que se impõem a todos nós”, defendem no requerimento.
No requerimento para a audiência, os senadores citam estudo elaborado pela empresa de logística DHL, em parceria com a consultoria McKinsey & Company (Delivering Pandemic Resilience) para apontar caminhos à superação dos desafios sem precedentes para ofertar uma vacinação global nos próximos dois anos.
É necessário enfrentar desafios como armazenamento, distribuição em condições extremas de temperatura, embalagem e organização de logística em relação ao tempo de atendimento à população nas diferentes regiões, algumas com extrema dificuldade de acesso. Também é preciso garantir os insumos necessários para imunização, como seringas e, principalmente, a indispensável colaboração público-privada e entre governos, diz o estudo.
“Não é possível nenhum tipo de conotação política, ideológica ou de competições entre entes da Federação sobre aquisição e distribuição de vacinas”, frisam os parlamentares no requerimento.
Fonte: Agência Senado