A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio apresenta dados na Paraíba dos crimes praticados e de ações desenvolvidas para combater a violência contra a mulher. Apenas no primeiro trimestre de 2019, 32 mulheres foram vítimas de feminicídio na Paraíba, com mais de 1.900 inquéritos instaurados no Estado e a concessão de 1.133 medidas protetivas. É o que aponta o relatório da Comissão, da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), que presta conta das atividades desenvolvidas entre 2019 e 2020.
Com a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social, as mulheres tornaram-se ainda mais vulneráveis à violência e feminicídio. “2020 foi um ano de desafios na ciência, na política e na humanidade, mas não recuamos”, ressaltou a presidente da CPI, a deputada Cida Ramos.
Leia também
Bruno diz que Mikika mente e continua candidato a presidente da Câmara
Um “laranjal” de candidaturas femininas em Belém
A parlamentar disse, ainda, que o relatório é fruto do trabalho dos deputados da Casa, da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e da CPI do Feminicídio, bem como do diálogo com o Ministério Público da Paraíba, com a Defensoria Pública e com o Tribunal de Justiça.
Para a presidente, a CPI pretende não só ser um canal de interlocução que possa apresentar quais as medidas para enfrentar a questão do feminicídio, mas também criar ferramentas de monitoramento.
O documento da CPI propõe uma série de mecanismos de controle e de acompanhamento das políticas públicas de combate ao feminicídio implementadas pelas administrações públicas do Estado. O relatório também apresenta os projetos de leis e de indicação e, também, as campanhas e reuniões realizadas nos anos de 2019 e 2020.
Em virtude da pandemia do novo coronavírus e a consequente interrupção das atividades presenciais na Assembleia Legislativa, as atividades da CPI do Feminicídio foram prorrogadas por mais um ano, e a perspectiva é que os trabalhos de investigação sejam concluídos em 2021.
Instituída em maio de 2019, a CPI do Feminicídio da Paraíba tem o objetivo de investigar o fenômeno no Estado e sugerir iniciativas para o enfrentamento desse tipo de crime.
Fonte: ALPB