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Secretário de Saúde é intimado a esclarecer falhas no plano de vacinação da capital
Termômetro da Política
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Secretário de Saúde, Fábio Rocha (à direita), deverá prestar esclarecimentos ao Ministério Público do Trabalho (Foto: Dayse Euzébio/PMJP)

O Ministério do Público do Trabalho (MPT) determinou a intimação do secretário municipal de Saúde de João Pessoa, Fábio Rocha, para esclarecer eventuais distorções na execução do plano de vacinação contra a covid-19 na capital. O procurador Eduardo Varandas pretende averiguar se as diretrizes nacionais foram desobedecidas pelo município ou outros organismos, quanto à vacinação de profissionais que não estão na linha de frente no combate à pandemia.

Há denúncias inclusive de vacinação de terceiros, alheios à área de saúde, e de funcionários de setores financeiros e recursos humanos de hospitais locais.

“É dever precípuo do município gerenciar, com vigilância extrema, a vacinação, de modo que não haja atropelos e burlas nos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O país já enfrenta enormes dificuldades para adquirir a quantidade de vacinas necessárias para a população e admitrir que espertalhões burlem as filas é esquecer de outras categorias prioritárias que necessitam urgentemente dos antígenos”, pontuou Varandas sobre a gravidade do problema.

No mesmo despacho, o procurador determinou a oitiva da direção do Hospital Nossa Senhora das Neves e do Hospitário Universitário Lauro Wanderley a fim de averiguar a procedência das denúncias que incluem imunização de pessoas alheias aos quadros das equipes sanitárias da linha de frente.

Atuação conjunta

O Procurador do Trabalho lembra que todos os ramos do Ministério Público na Paraíba têm legitimidade para conduzir investigações autônomas, mas preferencialmente coordenadas: Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público da Paraíba (MPPB) e MPT. No caso do MPT, a preterição das vacinas prejudica outros empregados da saúde que se apresentam em máxima exposição ao vírus e que não foram contemplados com o imunizante, violando protocolos e regras de saúde no trabalho.

“A primeira reunião da qual participamos, com a presença do MPF, MPPB e outros órgãos, foi bastante produtiva. Penso que a etapa seguinte deverá ser a deflagração de intensa vigilância nas vacinas por todos os órgãos de controle, nomeadamente o MP, com responsabilização dos infratores, seja civil, administrativa ou criminalmente no que couber”.

Fonte: MPT

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