“Comunicação no Semiárido Brasileiro” (Marca da Fantasia, 231 páginas) é o título do livro lançado pelo Observatório do Jornalismo no Semiárido e que já está disponível para download na plataforma digital da Editora Marca da Fantasia. O livro é resultado de três anos de estudos realizados por pesquisadores e pesquisadoras da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte em torno de projetos e práticas de comunicação pensados a partir do paradigma da convivência com o Semiárido.
Para a organizadora da publicação e coordenadora do Objor Semiárido, professora Sandra Raquew Azevêdo (Dejor/UFPB), a publicação também é um testemunho sobre a transformação social que ocorreu nesse território do Brasil. O livro é uma tentativa também de se refletir sobre o profundo processo de estigmatização por qual passou o lugar ao longo do tempo. Nas últimas décadas, ele vem se reconfigurando socialmente como expressão de renovação de práticas sociais voltadas à cidadania, à sustentabilidade ambiental e à promoção da dignidade humana, apesar de todos os desafios existentes no Brasil.
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“Nascemos e vivemos aqui no Semiárido brasileiro. Esse não é apenas um ponto de partida, é o lugar do conhecimento situado, é de onde exercitamos nossa pedagogia da pergunta, numa concepção freireana de pensar. Observamos este lugar a partir de suas entranhas porque somos parte dessa história que nos significou, nos nomeou na geolocalização do país de um modo desigual, propositadamente. Retornar a olhar para esse território brasileiro, enquanto experiência de investigação social, certamente, trouxe muitas provocações e estímulos, pois todos os símbolos e processos vividos são parte de nossa memória social e identitária”, indaga a pesquisadora Sandra Raquew, coordenadora do evento e organizadora do livro.
A publicação é dividida em duas partes. A primeira parte traz capítulos que abordam diferentes experiências que se constituíram no entendimento da comunicação como um direito humano, considerando a convivência com o Semiárido enquanto práxis fundamental para ressignificação desse território brasileiro e o protagonismo de diferentes atores sociais em processos de comunicação comunitários, participativos e inovadores.
A segunda parte da publicação inclui o resultado de uma pesquisa realizada pela equipe do Objorsemiárido, tendo por temática a pauta da Transposição do Rio São Francisco na imprensa. Desde 2013, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq; por meio da Chamada Universal), o grupo de pesquisa vinha acompanhando a cobertura da imprensa sobre a estiagem no semiárido brasileiro e o debate sobre a Transposição.
O Instagram do grupo pode ser acessado em neste link.
Fonte: Assessoria de imprensa