A prefeitura de Campina Grande alerta que o protocolo médico que circula nas redes sociais e também por meio de aplicativos de mensagens atribuindo a prescrição do chamado “kit covid” está incompleto e difere do que realmente vem sendo adotado pela gestão municipal para o tratamento de pacientes com covid-19.
O “kit covid” é composto por diversos medicamentos, muitos deles sem eficácia cientificamente comprovada para o tratamento da doença, como hidroxicloroquina e ivermectina.
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No arquivo que circula nas redes sociais falsamente atribuído à prefeitura de Campina Grande há menor quantidade de medicamentos do que a gestão recomenda. O médico Tito Lívio, diretor clínico do Hospital Pedro I, explica qual a forma adotada no hospital e replicada em toda a rede municipal de saúde:
“A ivermectina não é só dose única, deve ser administrada por três dias seguidos, com um comprimido a cada 30kg (do paciente); a prednisona não é a partir do sétimo dia de sintomas, mas do quinto; e faltou também a cloroquina, que é um por dia, durante cinco dias”, explicou Tito Lívio.
Confira abaixo a prescrição que circula nas redes sociais, atribuída à gestão da Prefeitura de Campina Grande, porém com distorções e menos medicamentos do que a gestão municipal recomenda:
Em nota divulgada na semana passada, a Associação Médica Brasileira (AMB) condena o uso de remédios sem eficácia contra a covid-19. “Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da COVID-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida”, diz o texto.
“São Paulo, 23 de março de 2021
O Brasil soma 25% das mortes mundiais por Covid-19, no período de 15 a 21 de março de 2021. No planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 60,2 mil óbitos, dos quais 15,6 mil em nosso país.
Ainda nessa semana, atingiremos outra triste marca: chegaremos a 300 mil mortes, com a agravante de atravessarmos um quadro de curva ascendente.
Faltam medicamentos para intubação de pacientes acometidos pela Covid-19, não existe um calendário consistente de vacinação, não há leitos em Unidades de Terapia Intensiva.
Fake news desorientam pacientes. Médicos e profissionais de saúde, exaustos, já são em número insuficiente em diversas regiões do País.
Em meio à gravidade do quadro e a tantos outros desafios, o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 – CEM COVID_AMB vem a público para orientações aos pacientes de todo o Brasil, em particular sobre a importância da prevenção, para esclarecimentos sobre condutas aos médicos, e para conclamar as autoridades responsáveis à urgente resolução de casos que exclusivamente delas dependem:
Boletim 02/2021
Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (CEM COVID_AMB)
SOCIEDADES DE ESPECIALIDADES Academia Brasileira de Neurologia Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular Associação Brasileira de Medicina de Emergência Associação Brasileira de Medicina de Tráfego Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde Associação Brasileira de Nutrologia Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial Associação Brasileira de Psiquiatria Associação de Medicina Intensiva Brasileira Associação Médica Homeopática Brasileira
“Nós, os médicos, estaremos sempre disponíveis para ajudar; e ajudaremos. Mas não trazemos a solução; hoje não a temos. A solução para a Covid não está nas mãos de mais de meio milhão de médicos do Brasil. Será resultado das atitudes responsáveis e solidárias de cada um dos cidadãos do País e das autoridades públicas responsáveis por implantar as medidas efetivas que se fazem necessárias para mitigar a enorme dor e sofrimento da população brasileira.”
ENTIDADES SIGNATÁRIAS DESSE DOCUMENTO
Associação Nacional de Medicina do Trabalho Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Colégio Brasileiro de Cirurgiões Colégio Brasileiro de Radiologia Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura Conselho Brasileiro de Oftalmologia Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia Federação Brasileira de Gastroenterologia Sociedade Brasileira de Anestesiologia Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica Sociedade Brasileira de Clínica Médica Sociedade Brasileira de Coloproctologia Sociedade Brasileira de Dermatologia Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Infectologia Sociedade Brasileira de Mastologia Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear
Sociedade Brasileira de Nefrologia Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Sociedade Brasileira de Patologia Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial Sociedade Brasileira de Pediatria Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia Sociedade Brasileira de Radioterapia Sociedade Brasileira de Reumatologia Sociedade Brasileira de Urologia
FEDERADAS AMB Associação Médica do Acre Sociedade de Medicina de Alagoas Associação Médica do Amazonas Associação Médica do Amapá Associação Bahiana de Medicina Associação Médica Cearense Associação Médica de Brasília Associação Médica do Espírito Santo Associação Médica de Goiás Associação Médica do Maranhão Associação Médica de Minas Gerais Associação Médica do Mato Grosso do Sul Associação Médica do Mato Grosso Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará Associação Médica de Pernambuco Associação Piauiense de Medicina
Associação Médica da Paraíba Associação Médica do Paraná Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro Associação Médica do Rio Grande do Norte Associação Médica de Rondônia Associação Médica de Roraima Associação Médica do Rio Grande do Sul Associação Catarinense de Medicina Sociedade Médica de Sergipe Associação Paulista de Medicina Associação Médica de Tocantins
• Antonio Carlos Lopes, Sociedade Brasileira de Clínica Médica
• Alexandre Naime Barbosa, Sociedade Brasileira de Infectologia*
• Augusto Key Karazawa Takaschima, Sociedade Brasileira de Anestesiologia
• Bruno de Lima Naves, Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
• Carlos André Uehara, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
• César Eduardo Fernandes, Associação Médica Brasileira
• Clóvis Arns da Cunha, Sociedade Brasileira de Infectologia
NÚCLEO EXECUTIVO – CEM COVID_AMB
• Dante Mário Langhi Júnior, Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e TerapiaCelular
• Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho, Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
• Hélio Penna Guimarães, Associação Brasileira de Medicina de Emergência
• Irma de Godoy, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
• José Eduardo Lutaif Dolci, Associação Médica Brasileira
• José Luiz Gomes do Amaral, Associação Paulista de Medicina
• Ricardo Machado Xavier, Sociedade Brasileira de Reumatologia
• Suzana Margareth Ajeje Lobo, Associação de Medicina Intensiva Brasileira
• Zeliete Linhares Leite Zambon, Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
• Consultor do Núcleo Executivo”