Agência FAPESP* – Estudo divulgado no domingo (11/04) por cientistas do Instituto Butantan e colaboradores indica que a eficácia global da CoronaVac pode chegar a 62,3% caso o intervalo entre as duas doses seja igual ou superior a 21 dias. Nos casos em que o intervalo foi de 14 dias, a vacina se mostrou capaz de prevenir o aparecimento de sintomas da COVID-19 em 50,7% dos voluntários. O percentual é levemente superior aos 50,38% informados na análise preliminar que subsidiou o uso emergencial do imunizante no país. Para os casos que requerem assistência médica, a eficácia variou entre 83,7% e 100%.
Os dados foram divulgados na plataforma de preprints da revista The Lancet e ainda estão em processo de revisão por pares. A terceira fase do estudo clínico envolveu mais de 12 mil funcionários de 16 centros de saúde no Brasil e contou com apoio da FAPESP.
A pesquisa foi realizada entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020. Todos os participantes receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. Desse total, 9.823 voluntários receberam as duas doses.
Os resultados descritos no artigo sugerem que a CoronaVac é capaz de proteger também contra as variantes P.1. e P.2. do vírus SARS-CoV-2.
“Esse estudo corrobora o que já havíamos anunciado há cerca de três meses e nos dão ainda mais segurança sobre a efetiva proteção que a vacina do Butantan proporciona”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Desde 17 de janeiro o Governo de São Paulo já distribuiu 38,2 milhões de doses da vacina aos brasileiros. Até 30 de agosto o volume totalizará 100 milhões de vacinas.
* Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Butantan.
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