Causou rebuliço a notícia divulgada pelo Ministério Público da Paraíba de que a Prefeitura de João Pessoa irá exigir título de eleitor para quem for tomar vacina contra a covid-19. Até o fechamento desta reportagem não havia qualquer confirmação do governo municipal sobre a medida amplamente divulgada por parte da imprensa local e disseminada nas redes sociais digitais.
O que de fato houve, após audiência promovida pelos três ramos do Ministério Público na Paraíba (Estadual, Federal e do Trabalho) nessa quarta-feira (14/04) com representantes da Prefeitura de João Pessoa, foi a garantia de que as pessoas que precisam tomar a segunda dose da CoronaVac terão prioridade nos próximos lotes que chegarem da vacina. Sobre a exigência de apresentação de título de eleitor, trata-se de recomendação do Ministério Público.
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De acordo com o Ministério Público, a imunização deve ser retomada, no máximo, em 24 horas após o recebimento do próximo lote e deverá haver divisão por dias e locais de acordo com a idade, para evitar outras aglomerações, além do incremento do número de locais de imunização.
Os membros do Ministério Público ressaltaram que a suspensão da vacinação bem como as cenas de aglomeração de idosos vistas esta semana evidenciam a falta de planejamento do Município. Eles destacaram ainda que houve a priorização de quem estava tomando a primeira dose da CoronaVac em detrimento de quem precisava da segunda.
Os representantes da Prefeitura de João Pessoa reconheceram que houve falhas e explicaram que ocorreu uma demanda maior que o previsto pela segunda dose da CoronaVac. De acordo com os representantes, o município não possui o imunizante em estoque, mas utilizará 100% dos próximos lotes para a segunda dose até zerar a fila de espera.
Com informações do Ministério Público da Paraíba