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Cultura -
Jornalista expõe em livro como funciona a indústria da desinformação
Termômetro da Política
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Autora se questionava sobre a relação predatória entre o consumo de boatos e a desinformação (Foto: Victoria Gesualdi)
Livro já está disponível em formato digital (Imagem: Divulgação)

Duas mulheres e duas crianças são assassinadas, sob suspeita de serem extremistas do Boko Haram. Uma dona de casa é linchada até a morte ao ser confundida com uma sequestradora de crianças. As declarações do ex-ministro Osmar Terra sobre a pandemia. O Brexit, na Inglaterra; a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, e de Jair Bolsonaro, no Brasil. O impacto do ecossistema da desinformação, na história recente, comprova: a verdade não pode ser preterida, delegada ou adiada. A necessidade da verdade é o fio condutor do livro “O Grande Boato“, da jornalista Alice de Souza. 

O livro nasceu de uma inquietação vivida nas redações. Repórter do Diário de Pernambuco por 10 anos e coordenadora editorial no Jornal do Commercio, a autora se questionava sobre a relação predatória entre o consumo de boatos e a desinformação com o jornalismo. A resposta levou-a ao mestrado, na Universidade Católica de Pernambuco. Da pós-graduação, saiu com duas ferramentas experimentais de verificação de fatos e o pedido do orientador para que transformasse a dissertação em livro. 

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O texto de “O Grande Boato”, que chega agora à Amazon, em formato digital, não é o mesmo que foi entregue à banca examinadora. “Durante o processo de edição, entendi que o livro só teria sentido se déssemos novos contornos à linguagem acadêmica”, conta. Foi, então, que Alice de Souza trouxe a repórter, dona de mais de 30 prêmios nacionais e internacionais, para o processo de construção do livro: atualizou dados e foi em busca de estudos de caso para contextualizar a teoria trazida em cada capítulo, transformando “O Grande Boato” numa grande reportagem. 

Em 232 páginas, com um texto muito claro e objetivo, a autora debate o ecossistema da desinformação, a automatização da checagem de fatos, o processo de criação das ferramentas “Verific.ai” e “Confere.ai” e o impacto das fake news na rotina produtiva dos jornalistas. Alice de Souza também assume o seu lugar de fala e escreve sobre como – enquanto uma jovem jornalista – entende e atravessa este universo. 

“A originalidade da sua contribuição se revela, capítulo a capítulo, neste livro”, escreve, no prefácio, a jornalista Marina Magalhães, doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, docente do curso de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), pesquisadora associada ao Centro Internacional de Pesquisa Atopos (USP) e colunista no Termômetro da Política. “Seja pelo ponto de partida do estudo, um diálogo com autores clássicos e contemporâneos sobre o problema em questão, seja pelo ponto de chegada, o desenvolvimento e aplicação de um programa capaz de auxiliar o usuário a identificar a veracidade das informações recebidas nas redes.” 

É um livro escrito para jornalistas, estudantes ou profissionais, mas não só. Editado e lançado de forma independente, “O Grande Boato” torna visível muitas nuances do jornalismo que se dedica à desordem informacional. É, portanto, para qualquer consumidor de informação que deseje desfolhar, com a autora, a sociedade consumidora de conteúdo, nestes tempos de pós-verdade. A edição é da jornalista Raquel Lima. A capa é da designer Jaíne Cintra. 

Sobre a autora

Alice de Souza é uma jornalista recifense, pós-graduada em Direitos Humanos e mestre em Indústrias Criativas. É coordenadora de sistematização da Énois Laboratório de Jornalismo e colaboradora da Agência Retruco e do Portal Lunetas. Foi repórter do Diario de Pernambuco por 10 anos e coordenadora editorial no Jornal do Commercio. 

É ex-bolsista Cosecha Roja e integrante da 3ª Geração da Rede de Jovens Jornalistas Distintas Latitudes. Com trabalhos reconhecidos em mais de 30 prêmios nacionais e internacionais, incluindo o primeiro Desafio de Inovação da Iniciativa Google News (GNI) na América Latina, foi a jornalista mais premiada do Nordeste em 2018 e 2019, segundo ranking do Jornalistas e Cia. 

Como repórter, já ganhou bolsas para participar de cursos e conferências da Fundación Gabo, ICFJ, Abraji, Sociedad Interamericana de Prensa (SIP) e Thomson Reuters Foundation. Foi Knight Lupa Fellow, do Salud con Lupa, e jurada do Prêmio Gabo 2020. Dedica-se à cobertura de desenvolvimento urbano, saúde, primeira infância e adolescência, além de estudar e fomentar projetos de inovação no jornalismo.

Serviço

O Grande Boato 
Edição de Autora 
232 páginas 
R$ 20 

Clique aqui para adquirir o livro O Grande Boato, de Alice de Souza

Fonte: assessoria de imprensa

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