O que deveria ter sido motivo de celebração terminou como uma grave crise de imagem a ser gerida pela Prefeitura de Cabedelo. A gestão municipal publicou nessa terça-feira (13), em suas redes sociais, uma homenagem pelo aniversário de 31 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado para proteger os menores de situações de violência. Entretanto, algo chama atenção nos comentários da publicação: a população cabedelense cobra um posicionamento da prefeitura contra um servidor público suspeito de ter estuprado uma adolescente.
Veja também
Projeto prevê assistência a crianças e adolescentes que perderam seus pais na pandemia
Segundo o advogado e pai da vítima, o crime teria ocorrido no dia 5 de julho. Ele afirma que o suspeito buscava e trazia sua filha, de apenas 13 anos, e mais três garotas de um treino de futsal para casa. Na última semana, o servidor teria deixado a adolescente por último, parado o carro a 200 metros da casa da vítima, em uma região escura e próximo a casas abandonadas, e teria forçado a adolescente a praticar sexo oral, beijado ela à força e a tocado em partes íntimas. No fim, teria dito que ela não devia contar para ninguém.
Quando chegou em casa, a adolescente, que estava muito abalada, contou para os pais o que aconteceu. Segundo o pai, a mãe teria ligado para o suspeito informando o ocorrido. Na mesma noite, buscaram falar com a Polícia Militar e foram orientados a ir na delegacia pela manhã.
No dia seguinte, se encaminharam até a Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM) e prestaram queixa contra o servidor da Prefeitura de Cabedelo. Segundo o pai da adolescente, mais de 20 meninas, todas menores de idade, já entraram em contato com a família afirmando que também foram assediadas ou abusadas pelo mesmo servidor. A família acusa a prefeitura de tentar abafar o caso.
A reportagem procurou ouvir o posicionamento da Prefeitura de Cabedelo, assim como do prefeito Vitor Hugo (DEM), mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Matéria alterada às 17h37 do dia 19 de julho de 2021 para correção na data do suposto crime de estupro.