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Estudantes paraibanos desenvolvem equipamento que transforma lixo em gás de cozinha
Termômetro da Política
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Equipamento que transforma lixo em gás de cozinha foi instalado em Riachão, no município de Sousa (Foto: Divulgação/Secom-PB)

Estudantes paraibanos desenvolveram uma ferramenta que converte lixo comum em gás de cozinha. O projeto “Biodigestor Caseiro”, desenvolvido pelo professor José Joaquim de Souza e os alunos do 1º ano do curso Técnico de Comércio da Escola Cidadã Integral Técnica Estadual Chiquinho Cartaxo, localizada na cidade de Sousa, vem transformando a vida de moradores da zona rural com este equipamento que transforma restos de alimentos e outros resíduos em gás de cozinha (biogás).

O biodigestor foi instalado em Riachão, no município de Sousa, proporcionando a redução dos impactos ambientais locais com a extração e queima da madeira, além de proporcionar aumento da renda mensal da família por meio da independência energética.

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O projeto foi desenvolvido durante as aulas da disciplina de Inovação Social e Científica (ISC), que promove desafios e soluções de problemas. De início, antes da pandemia, o biodigestor seria utilizado na própria escola. Os estudantes identificaram dois problemas: o desperdício de comida durante as refeições e o elevado consumo de gás de cozinha na escola.

A partir daí, o professor e os estudantes decidiram que seria necessária a construção de um equipamento que permitisse utilizar essa matéria orgânica disponível e ao mesmo tempo produzir biogás, que poderia suprir parcialmente a necessidade da escola e ao mesmo tempo produzir um biofertilizante rico em micro e macro nutrientes para ser utilizado na arborização da escola.

O biodigestor foi criado com material reciclado disponível na própria comunidade e que é de fácil aquisição em qualquer casa de construção civil, como tubos e conexões de PVC, bombonas de água, etc.

Devido ao afastamento social por conta da pandemia e a falta de matéria prima no local, o professor resolveu implantar o equipamento em uma comunidade na zona rural da cidade de Sousa, funcionando como um projeto de extensão rural.  

“Instalando o biodigestor na comunidade da zona rural, estamos transferindo a tecnologia social para os mais carentes e vulneráveis. A família atendida com o equipamento está muito satisfeita e engajada com a nossa equipe. Os resultados com a produção do biogás no local estão superando as expectativas e atraindo muitos curiosos no local. Uma vez produzido o biogás, envasamos nos botijões de cozinha e o agricultor pode fazer uso do seu fogão dentro de casa, sem precisar de gás de cozinha e nem queimar lenha, reduzindo os impactos ambientais locais e aumentando o empoderamento econômico dessa família.”, contou o professor José Joaquim.

O estudante do Curso Técnico de Comércio, Ryan David Vieira, cuida da manutenção do biodigestor na região. “A manutenção está sendo realizada a cada 15 dias pela equipe, é mais preventiva, auxiliando a família do agricultor na utilização do equipamento. Foi um prazer fazer parte desse projeto”, disse.

Para a estudante do curso Técnico de Energia Renováveis, Letícia Pereira, “participar do projeto foi de grande alegria, não só pelo fato de extrair conhecimento, mas de apresentar esta ideia a população. A utilização do biogás (biodigestor) é uma fonte de alternativa que substitui a lenha e o gás liquefeito de petróleo (GLP) e gera mínimo impacto ao meio ambiente. Equipamentos como este são um alento para o futuro”, comentou.

Fonte: Secom-PB

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