Com o objetivo de retomar a produção de filmes em super-8 no estado, oito cineastas paraibanos estão produzindo oito curtas-metragens utilizando o formato cinematográfico. Eles compõem o projeto “8 por 8”, que além de propor a retomada do conceito e técnica dessas produções, busca também valorizar essa memória.
A sequência de oitos não para por aí: a super-8 foi uma câmera muito acessível e de fácil uso, que nos anos 80, marcou o terceiro ciclo de produção superoitista do cinema no estado. O principal objetivo do projeto não é apenas produzir e divulgar novas obras feitas com a técnica, mas promover a memória desse ciclo do cinema paraibano.
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Cada diretor convidado teve a oportunidade de gravar em uma Super-8 e teve acesso a dois cartuchos coloridos ou em preto e branco, que juntos permitem a gravação bruta de até cinco minutos. Uma experiência diferente para aqueles cineastas que cresceram na era digital, e no caso do projeto, todos estavam iniciando nessa tecnologia, apenas um já tinha trabalhado com a técnica.
Os curtas começaram a ser gravados em março e só estarão concluídos em dezembro, após o processo de revelação da película. As temáticas foram livres e variam entre identidade de gênero e raça, a morte, a infância, memórias familiares, a sobrevivência, entre outros.
Os diretores convidados possuem grande destaque na cena paraibana, é uma equipe premiada em festivais nacionais e internacionais ou atuam em coletivos e instituições do cinema local, como Torquato Joel, Ana Bárbara Ramos, Carine Fiuzá, Gian Orsini, Diego Benevides. Alguns dos cineastas que compõem o projeto estiveram na direção ou produção de filmes como “A Noite Amarela”, “O Nó do Diabo” e “Bacurau”, como os diretores Rodolpho Barros, Mariah Benaglia e Ian Abé.
O projeto é realizado com recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, um auxílio financeiro para que artistas e produtores culturais possam continuar produzindo durante a pandemia ou que espaços culturais possam ser mantidos. No caso do “8 por 8”, ele é produzido pela empresa pessoense Electra Filmes.
Na rede social digital Instagram, o projeto “8 por 8” pode ser encontrado neste link.