ads
Geral -
Vigilância Sanitária alerta para danos à saúde causados por cigarro eletrônico e narguilé
Termômetro da Política
Compartilhe:
Fumo por meio do cigarro eletrônico pode ser ainda mais prejudicial à saúde do que com o cigarro comum (Foto: Flickr/Lindsay Fox para o EcigaretteReviewed.com)

Como parte das atividades relacionadas ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29 de agosto, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) chamou a atenção da sociedade paraibana para os danos à saúde humana causados pelos dispositivos eletrônicos para fumar que vêm conquistando cada vez mais adeptos entre os segmentos brasileiros de todas as faixas etárias, especialmente entre as camadas mais jovens, conforme destacou o diretor Geraldo Moreira de Menezes.

Conhecidos como cigarros eletrônicos ou e-cigarette, tais dispositivos, além de favorecerem o aumento da iniciação ao uso e à consequente dependência da nicotina entre os não fumantes, causam inúmeros danos à saúde humana. Segundo enfatizou a diretora-técnica de Ciência e Tecnologia Médica e Correlatos da Agevisa, Helena Teixeira de Lima Barbosa, dentre os riscos à saúde destacam-se a presença de substâncias cancerígenas ainda mais agressivas no vapor, a evidência de danos celulares no DNA, o aumento de chance de infarto agudo do miocárdio e a asma.

Veja também
Prefeitura de João Pessoa amplia Programa Municipal de Controle ao Tabagismo

“Os riscos à saúde humana provocados por esses produtos é tanto que a própria legislação sanitária brasileira proíbe o uso, a importação, a publicidade e a comercialização, não somente do cigarro eletrônico, mas também de outros dispositivos para fumar”, observou Helena Lima, referindo-se especialmente à Resolução de Diretoria Colegiada RDC) nº 46/2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária como um dos principais instrumentos de defesa da saúde da população na questão do cigarro eletrônico.

Narguilé

Em entrevista veiculada o informativo semanal Momento Agevisa, que vai ao ar todas as quintas-feiras, dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara (AM-1110 e FM-105.5), Helena Lima ressaltou também o problema da utilização crescente do dispositivo conhecido como narguilé – espécie de cachimbo de uso individual ou coletivo que permite o consumo de um fumo especial, feito com tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes.

Neste tipo de dispositivo, o fumo é queimado em um fornilho e sua fumaça, após atravessar um recipiente com água, é aspirada por uma mangueira até chegar à boca. Segundo alerta da Organização Mundial de Saúde OMS), o uso do Narguilé leva à dependência de nicotina; favorece o início do consumo de outras formas de consumo de produtos derivados do fumo, e aumenta o risco de desenvolvimento do câncer, de doenças cardiovasculares e de doenças infecciosas como hepatite e tuberculose.

Propaganda enganosa

Conforme ressaltou a diretora-técnica Helena Lima, a indústria tabagista difunde enganosamente a ideia de que o narguilé é inofensivo, sob o argumento de que a água seria capaz de filtrar os componentes tóxicos prejudiciais à saúde. “Ao contrário disso, ao consumir o narguilé, além de absorver substâncias tóxicas, a pessoa inala os produtos da combustão de carvão utilizados para queimar o fumo, e isto aumenta ainda mais os riscos à sua saúde”, explicou.

Helena Lima também destacou alerta da OMS de que não existe consumo seguro de fumo, incluindo charuto, cachimbo, cigarro e o próprio narguilé. “Estudos sugerem que a quantidade de nicotina inalada com o narguilé é pelo menos o dobro da inalada pelo consumo do cigarro, causando dependência ainda maior. Além disso, o cigarro é consumido em cinco ou dez minutos, enquanto o narguilé, geralmente utilizado socialmente na roda com os amigos, é inalado por até duas horas seguidas, intensificando a quantidade de nicotina”, comentou. E acrescentou:

“Estudo realizado pelo IBGE, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), concluiu que fumar narguilé por uma hora seguida corresponde ao consumo de cem cigarros. Dados mostram que, apesar de terem conhecimento e consciência dos riscos à saúde, 55% dos estudantes da área de saúde também utilizam o narguilé”.

Fonte: Secom-PB

Compartilhe: