A médica Priscila Werton foi uma das 200 selecionadas para a terceira edição do programa de formação Mulheres na Ciência e Inovação. Ela irá desenvolver um projeto de tratamento precoce contra covid-19. O projeto foi formulado durante os primeiros meses de pandemia, enquanto a médica trabalhava em UTIs dos municípios de João Pessoa e Pombal.

“Acompanhar os pacientes me deixava angustiada pela falta de tratamento específico contra o vírus que evitasse evoluções desfavoráveis. Isso me motivou a buscar soluções, utilizando a medicina baseada em evidência”, relembra a médica, que também é colunista no Termômetro da Política.

Priscila Werton se juntou ao grupo de pesquisa da professora e coordenadora do curso de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Deborah Rose Galvão Dantas, e passou a estudar as possibilidades para agir contra o vírus.

A equipe de médicos, estudantes de medicina e estatísticos desenvolveu uma proposta de ensaio clínico randomizado duplo cego para testar o tratamento, ou seja, eles irão selecionar dois grupos de pacientes de forma aleatória, formando um grupo de controle e outro de teste.

No estudo, o paciente e o pesquisador não sabem se é aplicado o tratamento ou apenas um placebo, os dados são sigilosos e só ao fim do estudo os pesquisadores saberão quem foi o grupo de controle e quem foi tratado, para obter o resultado.

O programa é uma parceria entre o British Council e o Museu do Amanhã, com patrocínio da Shell, e foi voltado para a formação de mulheres pesquisadoras das áreas de ciências, tecnologia, engenharias e matemática, que tenham propostas de ideias inovadoras com base científica e/ou tecnológica e desejam empreender.