Com a fusão entre DEM e PSL, agora como um novo partido, chamado de União Brasil, a legenda terá centenas de prefeitos, cinco governadores, ampla maioria na Câmara dos Deputados, além de um milionário fundo eleitoral e partidário. A fusão ainda precisa ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que é tendência, e levará o número 44 para as urnas.

O deputado federal Julian Lemos (PSL-PB), um grande ex-bolsonarista, disse avaliar a criação do novo partido como um momento de “fortalecimento da democracia”, que também fortalecerá o bloco político dos partidos envolvidos e facilitará a defesa das bandeiras defendidas pelos filiados.

Segundo o deputado, o União Brasil se apresentará como um partido de centro-direita, que pretende ser uma opção diferente entre Lula (PT) e Bolsonaro (sem partido), os quais ele considera “radicais”.

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“Ele será um partido de centro-direita, por exemplo, ele receberá conservadores e liberais, como eu. A tendência é que as pessoas tenham uma visão de centro-direita, de economia liberal, fazendo frente a um projeto, que não digo de terceira-via, mas de uma opção diferente das que temos que são altamente radicais”, afirmou Julian.

Os desafios do novo partido

Quando questionado sobre os desafios que o União Brasil enfrentará no Brasil e na Paraíba, Julian diz não reconhecer que serão “desafios”. “Eu falo em construções, quando existe uma fusão dessa, alguns filiados saem e outros entram. É natural, é uma reconfiguração, onde o novo partido sairá muito mais fortalecido”, disse o deputado. Apesar de ainda aguardar a avaliação do TSE, já existe uma “procura considerável” para adesões e a tendência é que a Paraíba siga com a mesma visão de todo o país, segundo Julian.

O cálculo para a própria candidatura do deputado em 2022 pode sofrer interferências com a fusão dos partidos, já que na Câmara, a bancada paraibana possui Efraim Filho filiado ao DEM e Julian no PSL. Sobre uma possível mudança no cálculo eleitoral, ele afirmou que “é possível, mas ainda estamos em um processo preliminar para que a coisa realmente possa caminhar”.