O primeiro dia do ano começa com música nova nas plataformas digitais. Trata-se do novo trabalho do músico paraibano Júnior Cordeiro, “Infinito Migrar”, o oitavo da carreira do artista que abriu as asas para voar neste tempo de pandemia. O álbum estará disponível a partir de meia noite do dia Internacional da Paz, coincidentemente o dia do aniversário de 40 anos do artista, com treze músicas.
O trabalho autoral foi produzido em sete meses, no MF Estúdio, em Campina Grande (PB). A direção musical da obra é do próprio artista, que divide também a produção musical com Moisés Freire. Acompanham Cordeiro neste migrar os músicos da sua banda: Giordano Frag (guitarras), Kamillo Lima (bateria), Moisés Freire (violas), Max Dias (baixo), Cris Lima (teclados), Sandrinho Dupan (percussões). Houve também a participação especial de outros músicos da cena paraibana.
Veja também
Podcast 40 Graus: politicagem da vacina
Neste trabalho o compositor faz referência aos movimentos migratórios da humanidade, sobretudo os que culminaram com a formação cultural do Nordeste brasileiro. “Os caminhos da natureza dos povos migrantes, dos caminhadores que se destinaram a desbravar as lonjuras do planeta, deixando para trás saudades e memórias, mas levando vontades e sonhos”, segundo Júnior Cordeiro, movem o discurso principal do disco.
Em “Infinito Migrar” além de sua pegada tradicional hard rock, blues, progressivo e psicodélico, ele aborda com mais profundidade uma sonoridade mourisca com sons que remetem à musicalidade árabe com cítaras, darbuka, reqs e dafs que se fundem de forma harmoniosa com ritmos como baião, aboio e os tambores do maracatu.
De todos os instrumentos, o que ele usa para trazer essa musicalidade é o derbak ,ou darbuka, e a tabla. A viola nordestina faz a vez da entrada da cítara árabe, que evidencia esse lado mourisco. “Faz tempo que venho pesquisando sobre isso e esse disco é essencialmente a ancestralidade de culturas, a herança deixada pelas etnias e ancestralidade do povo brasileiro”, relatou Júnior. Quanto ao processo de composição, Júnior Cordeiro compõe e arranja no seu violão e depois vai mesclando e dando sentido ao seu fazer musical, junto com sua banda, nas gravações.
O oitavo álbum remete ao “oito infinito” do ir e vir que nunca acaba, do estar sempre indo ou voltando, embarcando e desembarcando nos lugares de forma física ou não. O álbum, assim como os outros, traz citações filosóficas e literárias bem características do poeta e professor Júnior Cordeiro. O disco Infinito Migrar, assim como o seu anterior, o #CâmaraEco, deve sair também numa edição luxuosa de LP vinil 180, ainda no primeiro semestre de 2022.
Júnior Cordeiro começou na música ainda adolescente. No curso de história da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve contato com a literatura nordestina com autores como: José Lins do Rego, Ariano Suassuna e Câmara Cascudo. Daí dava início a seu interesse pela cultura regional e pelos cantadores de viola nordestina, que acabou sendo fruto de sua pesquisa de final de curso.
Júnior Cordeiro possui oito discos gravados: Carrascais (2006), O Lago Misterioso (2011), Capa Preta (2013), Sonhos, Sertão & Loucura (2016), Céu, Hades & Outros Porvires (2018), Vênus Philipeia (2019), #CâmaraEco (2021) e Infinito Migrar (2022).
Fonte: Assessoria de imprensa