Morreu na manhã desta quarta-feira (29), aos 77 anos, em João Pessoa, o diretor-presidente da Junta Comercial da Paraíba (Jucep) e ex-deputado estadual Simão Almeida (PCdoB). Ele estava internado desde o início do mês para tratar complicações da covid-19 e teve hoje a confirmação de morte encefálica.
Militante histórico do PCdoB na Paraíba, o ex-deputado foi eleito em 1990 com 4.538 votos. Era natural da cidade de Cabaceiras e sofreu prisão e perseguição durante a ditadura militar instaurada em 1964 pela sua atuação contra o regime. Formado em Engenharia Elétrica, em 1968, mudou-se para o Recife, onde, em fevereiro de 1969, teve a sua casa invadida pela polícia. Passou, então, a viver na clandestinidade, até a promulgação da Lei de Anistia.
Em nota, o governador João Azevêdo (Cidadania) destacou a trajetória política de Simão Almeida em defesa da liberdade e legalidade democrática e enalteceu o trabalho do gestor à frente da Jucep.
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Adriano Galdino (PSB), lamentou em nome de todos os parlamentares e servidores do Poder Legislativo Paraibano. “Neste momento de dor para toda a família nos solidarizamos com os familiares e amigos de Simão Almeida, um grande político do nosso Estado, que deixa grandes lições e um legado de trabalho e luta pelo povo da Paraíba”, ressaltou Adriano Galdino.
Para o ex-governador Ricardo Coutinho, a Paraíba morreu um grande da esquerda brasileira. “Um respeitável militante na resistência democrática e no pensamento diversificado socialista. À sua companheira Marinês, familiares, camaradas e amigos, um abraço afetuoso e que a retidão de Simão nos ajude a superar esses tempos difíceis, violentos e anti-populares que estamos vivenciando”, publicou Ricardo em seu perfil na rede social Instagram.
Com informações da ALPB e da Secom-PB
