Em entrevista ao programa de rádio Correio Manhã, o secretário de Estado da Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, foi questionado sobre algumas denúncias de superlotação do Hospital de Trauma de Campina Grande e a falta de profissionais da saúde para realizar o atendimento após o fim de contrato daqueles convocados para compor as equipes criadas para os leitos Covid-19. Geraldo argumentou que a superlotação é uma realidade há vários anos por causa da utilização do Hospital de Trauma para a realização de cirurgias que não se enquadram no perfil do local.
Segundo o secretário, vários tipos de procedimentos são realizados no hospital pois há dois anos o Hospital Municipal Pedro I não estaria realizando cirurgias. Confira o que disse o secretário:
“Só existe o Hospital de Trauma de Campina Grande, essa é a realidade! Um hospital que foi edificado para atender as vítimas de traumas, está atendendo obstrução por tumor, vesícula, apêndice, hérnia, ou seja, todos os tipos de procedimentos. Principalmente nos finais de semana, enquanto os demais hospitais não têm plantonistas. Na área vermelha, por exemplo, nesse final de semana havia 37 pacientes, onde mais da metade deles não seria o perfil do Hospital de Trauma. Esse é um problema, o outro é que a Corregedoria Geral da União obriga que quando se desativa os leitos de Covid, as pessoas que foram contratadas, para esse fim, que elas tenham o contrato encerrado. Estamos observando a alta demanda do hospital porque o Hospital Municipal Pedro I há mais de dois anos não realiza sequer uma cirurgia. Para você ter ideia, uma drenagem de tórax tem que ser transferida para o Hospital de Trauma, pois requer um procedimento que o Hospital Pedro I não faz. Então é esse o cenário de Campina Grande”.
O Termômetro da Política tentou contato com a Prefeitura Municipal de Campina Grande, mas não tivemos resposta até a publicação desta reportagem.