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Suspeita de corrupção derruba quarto ministro da Educação do Governo Bolsonaro
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Milton Ribeiro é investigado pela Polícia Federal (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (28). O pedido de afastamento acontece em meio a denúncias de favorecimento a pastores na distribuição de verbas da pasta. Ele foi o quarto ministro da Educação do Governo Bolsonaro.

A decisão foi anunciada através de carta entregue ao presidente Jair Bolsonaro (PL). No texto, Ribeiro afirma que “jamais realizou um único ato de gestão na pasta que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário”. Ele acrescenta que pediu para deixar o cargo para que “não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do Governo Federal”.

Na última semana, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio apontando a suposta influência de líderes religiosos sobre o repasse de recursos do Ministério da Educação (MEC). Na gravação, o agora ex-ministro admite que, a pedido de Bolsonaro, o envio de verbas a prefeituras indicadas por Gilmar Santos e Arilton Moura, da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil estaria priorizado.

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“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse Ribeiro no áudio vazado da reunião com prefeitos e líderes religiosos. Os pastores citados não têm cargo no governo, mas participaram de diversas reuniões com autoridades nos últimos anos.

Na última semana, a Polícia Federal  informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abriu inquérito para investigar o então ministro Milton Ribeiro. A medida foi autorizada pela ministra do STF, Cármen Lúcia. 

Em outro inquérito, a PF investiga supostas irregularidades no MEC através de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo o órgão, os fatos são investigados desde o ano passado, antes da divulgação da gravação.

As denúncias foram recebidas pela CGU no dia 27 de agosto de 2021 e tratam de possíveis irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo MEC e sobre o oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do fundo. A apuração ocorreu entre os dias 29 de setembro de 2021 e 3 de março de 2022.

Fonte: Universo Acadêmico

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