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Política -
Grupo acusa presidente do PT da Paraíba de compactuar com afrontas, ignorar regras e praticar obediência cega
Termômetro da Política
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Presidente Jackson Macêdo tem comemorado decisões que favorecem Ricardo Coutinho (à direita) (Foto: Reprodução/Instagram/jacksonmacedo13)

O grupo de oposição ao presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo, divulgou nota nesta segunda-feira (2) em reação à recomposição do diretório estadual, imposta pela executiva nacional na sexta-feira (29) e celebrada pelos apoiadores de Ricardo Coutinho, que agora são maioria no partido. A nota, carregada de críticas, acusa o dirigente partidário de “balançar a cabeça em nome da obediência cega”.

O texto reafirma o apoio do grupo à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como destaca o perfil “autoritário e desagregador” de Ricardo, que hoje é apontado como mandatário do partido.

A nota também acusa Jackson Macêdo de compactuar com afrontas e ignorar regras estatutárias, “transparecendo que obedece ordens”.

Confira a nota na íntegra:

02 de maio de 2022


Ao Presidente do PT da Paraíba


Jackson Macedo


Sr. Presidente,

assim nos dirigimos a sua pessoa pelo simples fato de que você foi eleito, assim como nós, no último Processo de Eleições Diretas (PED) e nesta condição o respeitamos.


Todavia, vivenciamos tempos estranhos no PT paraibano sob a sua presidência. Há muito suas atitudes são de fazer questão em compactuar com afrontas, passando a ignorar as regras estatutárias e transparecendo que obedece ordens, quaisquer que sejam elas. Demonstrando estar sintonizado com uma prática de caráter stalinista.


O PT sempre foi um partido extremamente democrático, mas, sob a sua Presidência, as reiteradas requisições para que a Direção Nacional imponha o seu autoritarismo em desacordo ao estatuto, pelo simples fato de ter perdido a maioria, faz de você um ventríloquo de um enredo triste.


Ao externamos esta impressão, a fazemos a partir de fatos. No processo que antecedeu as eleições de 2020, todos nós tínhamos a mesma posição política e aqui o incluímos. Ou seja, defendíamos candidatura própria para João Pessoa. E de forma unânime, sem qualquer recurso, a tática eleitoral foi aprovada. É fato que novas situações advieram, entretanto não havendo construção coletiva para um acordo interno, o estatuto deveria ser respeitado, mais especificamente o § 1°, art. 156. Contudo, sua posição foi a mais cômoda, defender quem emitiu ordens anti estatutárias.


Passado esse processo e sem qualquer observância estatutária(art. 233), dirigentes históricos deste partido são punidos de forma injusta, através de um processo de exceção, levando companheiros à desfiliação. Um para ser candidato a reeleição e outro por não aceitar ser punido pelo seu exercício profissional. Qual sua posição? Balançar a cabeça, em nome da obediência cega.


Chegamos, por fim, ao ato final, a total falta de respeito a um princípio sagrado: o voto. A sua eleição como presidente deste partido é igual à nossa eleição como integrantes desta direção. Fomos eleitos com as mesmas regras. Para nossa surpresa, a Comissão Executiva Nacional promove uma reorganização da direção do PT paraibano, aparentemente sob sua solicitação, cassando mandados de dirigentes eleitos, em total desrespeito ao art. 37 do estatuto.


Feitas tais considerações, nós, abaixo-assinados e assinadas, em total repúdio, na condição de cassados e perseguidos, deixamos a direção do PT da Paraíba, registrando que a atual situação que ora vivenciamos é fruto de um arranjo político promovido pelo Sr. Ricardo Coutinho, que se apresenta por onde passou como um autoritário e desagregador.


Deixamos de forma expressa que continuaremos filiados ao PT na defesa intransigente da política que amplie as condições de termos na Paraíba a melhor campanha em favor de Lula Presidente

Coletivo Reviravolta Paraíba

Edvan Silva

Danúbia Kelly

Cely Andrade

Maraiane Pinto de Sousa

Edinaura Almeida de Araujo

Robson Araújo

Aline Machado

Adriano Almeida da Silva

Éder Dantas

Rodrigo Freire

Marcus Túlio Campos

Charliton Machado

Edson Franco de Moraes

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jackson macedoPT