Foi afastado o técnico de enfermagem suspeito de assediar uma adolescente de 17 anos na última quarta-feira (4), no Hospital da Criança e do Adolescente, em Campina Grande, durante o atendimento da sua filha de 8 meses. O profissional estava no seu primeiro dia de trabalho no hospital e o caso será investigado, informou a Secretaria de Saúde de Campina Grande. A jovem registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Infância e Juventude do município, acompanhada do seu pai.
Segundo o boletim, o técnico de enfermagem foi realizar a medicação da criança, que estava dormindo. A adolescente perguntou para o profissional se a medicação poderia ser aplicada com a sua filha dormindo e o técnico respondeu “Posso botar em você dormindo?”, ela não entendeu e ele repetiu “Quero botar em você dormindo”. O técnico também alisou o cabelo da adolescente dizendo “Que cabelo bonito”.
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A jovem afirma ter ficado sem reação porque não esperava esse comportamento de um profissional de saúde. Ela recebeu orientação de uma mãe que também acompanhava o filho e presenciou a conduta, que afirmou: “isso é assédio, denuncie!”
A adolescente procurou a coordenadora do hospital e ela afirmou que iria conversar com a diretoria. Ela foi informada que a providência tomada pelo hospital foi pedir para que o funcionário saísse e prometeram uma suspensão. O hospital também afirmou que aquele era o primeiro dia do técnico de enfermagem e que não possuíam os documentos dele.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campina Grande confirmou que o servidor foi recém-contratado e aquele era seu primeiro dia de trabalho, também afirmou que abriu um inquérito administrativo e que o funcionário foi afastado até que as investigações sejam concluídas.
A Secretaria de Saúde de Campina Grande tomou conhecimento de uma denúncia sobre um caso de assédio sexual, no Hospital da Criança e do Adolescente. Por entender que esse tipo de conduta deve ser banida entre a sociedade, a pasta informa que abriu um inquérito administrativo e já afastou o funcionário alvo da denúncia, das atividades diárias, até que sejam concluídas as investigações e o inquérito administrativo.
A Secretaria Municipal de Saúde lamenta o ocorrido e repudia veementemente atos de abuso ou assédio sexual, importunação, inconveniência ou outras formas de abuso contra quaisquer cidadãos. A pasta ressalta ainda que esse se trata de um caso isolado, representando uma conduta isolada de um servidor recém-contratado, que estava no seu primeiro dia de trabalho.
O Hospital da Criança e do Adolescente Dr. Severino Bezerra de Carvalho reafirma o seu compromisso com todos os pacientes, familiares e funcionários da instituição hospitalar e se coloca à disposição das autoridades para corroborar com as investigações.
Por fim, a Secretaria informa que dispõe de uma coordenadoria para elaborar políticas públicas para o enfrentamento às violências contra as mulheres e de serviços de assistência às mulheres vítimas de violência sexual, em algumas unidades, a exemplo da maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA).
A Secretaria orienta que todo e qualquer caso de assédio sexual seja denunciado através da Polícia Civil, no disque-denúncia 197, ou pela central nacional de atendimento à mulher, através do número 180.