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CRM-PB investiga médicos anestesistas suspeitos de formação de cartel em suposto conluio com hospital
Grace Vasconcelos - sob supervisão de Felipe Gesteira
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CRM-PB irá ouvir os médicos afastados da cooperativa (Foto: Felipe Gesteira)

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) abriu uma sindicância para investigar médicos anestesistas suspeitos de cartelizar o sistema do Hospital Nossa Senhora das Neves (HNSN) em suposto conluio com o hospital. José Bonifácio Imperiano, Aníbal Costa Filho, Daniel Imperiano, Edmilson Gomes Filho, Davidson Barbosa e Rodrigo Vital serão ouvidos e, se houver indícios de infração ao Código de Ética Médica, o órgão abrirá um processo ético profissional contra estes profissionais. A sindicância e o processo correm em sigilo.

Os seis médicos foram expulsos da Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest-PB) por impedir que outros profissionais realizassem procedimentos no hospital. A prática consistia em afastar os profissionais de fora do suposto esquema das equipes e substituir por anestesistas vinculados ao grupo.

Segundo o portal Polêmica Paraíba, os médicos também realizavam anestesias simultâneas, em pacientes distintos, para ganharem o plantão dos dois procedimentos, negligenciando o acompanhamento integral dos anestesiados. Os anestesistas já foram punidos em 2019, por 120 dias de suas atividades, após a cooperativa constatar práticas semelhantes ao cartel. O site também afirmou que o grupo faturou mais de R$ 10 milhões nos últimos três anos com as práticas.

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Em nota, a Coopanest-PB afirmou que foi surpreendida com a matéria divulgada porque os procedimentos tramitam em sigilo e destaca que a matéria relata fatos que não foram apurados no processo.

Leia na íntegra a nota da COOPANEST-PB

A COOPANEST-PB foi surpreendida ontem com matéria divulgada em portais de notícias da Paraíba, dando conta da punição de médicos cooperados que haviam praticado irregularidades junto a um dos hospitais da cidade.

A surpresa se deu porque os procedimentos ético-disciplinares tramitaram sob rigoroso sigilo no âmbito interno da cooperativa, com a observância do contraditório e do devido processo legal, a cujos conteúdos só tiveram acesso das partes diretamente envolvidas, e, através de senha individual, os cooperados que do julgaram na assembleia geral extraordinária realizada no dia 09 do corrente mês.

Além disso, a matéria relata fatos que não foram apurados nos processos, envolve cooperados que deles foram excluídos, a exemplo dos anestesistas GUSTAVO DE MOURA PEIXOTO, ARTHUR SALGADO DE AZEVEDO e JULLIANNA SOUSA DE FARIAS PINTO VINAGRE, e expõe situações, dados financeiros e informações individuais que não foram objetos de suas análises.

A COOPANEST-PB tem e pautado com extrema cautela e prudência no recebimento e no processamento das denúncias que lhe são apresentadas, sendo criteriosa no cumprimento das leis e dos seus normativos internos, no resguardo dos dados apurados, e na observância da amplitude de defesa. A cooperativa, portanto, repudia com veemência o vazamento dos fatos divulgados, por não compactuar jamais com procedimentos de tal natureza, por serem contrários aos princípios que a norteiam à disposição para auxiliar no que for necessário.

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