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Cultura -
ALPB promove lançamento do livro “Luta antifascista: da guerrilha de Marighella ao ‘Fora Bolsonaro!'”
Termômetro da Política
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Livro reúne textos inéditos e outros já publicados de diversos autores (Foto: Felipe Gesteira)

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realiza nesta terça-feira (14), em sessão especial às 14h, o lançamento do livro “Luta antifascista: da guerrilha de Marighella ao ‘Fora Bolsonaro!'” (Sal da Terra, 2022, 98p.), que tem organização de Telma Dias Fernandes e Washington Rocha. A propositura da sessão é de autoria do deputado Anísio Maia (PSB).

O livro reúne textos inéditos e outros já publicados de diversos autores, todos sob a temática da oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A obra é composta por textos de Anderson Pires, Davi Coelho, Fernando Lúcio, Fernando Costa, Felipe Gesteira, José Emilson Ribeiro, José Mário Espínola, José Pessoa, José Calistrato, Inocêncio Nóbrega, Rômulo Medeiros.

Em entrevista à repórter Grace Vasconcelos, Washington Rocha, um dos organizadores, fala mais sobre a obra. Confira:

Os textos foram escritos exclusivamente para o livro?

Não, os textos foram escritos ao longo de mais de um ano em artigos na mídia e nas redes sociais. A poesia de cordel “O filho de Satanás”, de autoria do Chicote do Pessoa, além de divulgada nas redes sociais, foi e continua sendo cantada em feiras do interior da Paraíba. Especialmente para o livro foi a entrevista que a professora Telma Dias Fernandes fez com os ex-guerrilheiros da ALN e ex-presos políticos José Emilson Ribeiro e José Calistrato Cardoso.

O que motivou o lançamento de um novo livro?

A permanência do mesmo mal que motivou o primeiro livro, intitulado “Luta antifascista em tempos de pandemia”. O genocida que sabotou a saúde pública na campanha contra a epidemia da covid continua no governo e continua ameaçando com um autogolpe, sendo que bolsonaristas mais alvoroçados até já marcaram data para um novo ensaio geral do golpe fascista: 31 de julho. A Democracia precisa resistir por todos os modos, e este nosso livro é um modo de resistência.

A ideia do primeiro livro teve origem em um encontro de combatentes de 1968. Você também foi um deles? Se sim, o que significou o ano de 1968 para você? O que você fazia naquele ano?

Sim, fui um combatente de 1968, e isto está registrado em depoimentos na “Comissão da Verdade” e no livro “O ANO QUE FICOU: 1968 – Memórias Afetivas”. Para mim, além do significado político-ideológico do combate contra uma ditadura, o ano de 1968 teve uma força romântica inexcedível, daquele romantismo ultra que na Alemanha se chamou “Sturm und Drang”. É isto: “Tempestade e Ímpeto”. Foi isso, principalmente, ânsia por liberdade, creio, que moveu a juventude de 1968; no Brasil e pelo mundo. Naquele ano eu era estudante no Liceu Paraibano; porém, agitava mais do que estudava. Meu amigo José Octávio de Arruda Mello, historiador hoje consagrado e que na época era meu professor de História, contou em livro que eu só ia nas suas aulas para arrastar os outros alunos para as passeatas.

O que o novo livro traz de diferente do primeiro?

Em relação ao primeiro livro da luta antifascista, este livro traz de novidade o que já citei e faço questão de enfatizar: a excelente, impactante entrevista feita pela professora Telma com Emilson e Calistrato, combatentes da linha de frente da luta armada nos Anos de Chumbo. E também o formidável cordel do Chicote do Pessoa, aquele “O filho de Satanás”. Adivinhe quem é o filho de Satanás?

O que significa para você lançar esse livro na Assembleia Legislativa da Paraíba?

Significa muito. Defender a democracia na Casa da Democracia, na Casa do Povo. Sem dúvida fortalece a mensagem do livro, chama para ele uma atenção que de outra forma não teria; por todos os modos engrandece esta obra coletiva, motivando quem dela participou. Agradecemos ao deputado Anísio Maia, do PSB, que tomou a iniciativa para realização deste evento político-cultural na ALPB, e a todos e todas que estiveram com ele neste esforço.

Colaborou Grace Vasconcelos.

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literatura