O ex-ministro da Educação do Governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, foi preso na manhã desta quarta-feira (21) pela Polícia Federal. A prisão faz parte da operação “Acesso Pago”, destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Milton Ribeiro é suspeito de favorecer pastores com liberação de recursos da pasta.
Na manhã desta quarta, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou o tom em referência a seu último auxiliar no comando do MEC. “Ele responda pelos atos dele”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Itatiaia. Na época em que o escândalo envolvendo o ex-ministro e o suposto favorecimento de pastores veio à tona, o presidente da República chegou a dizer botaria “a cara no fogo” por Ribeiro.
Com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.
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As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à Primeira Instância. A investigação corre sob sigilo.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Outas medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.
O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).
Com informações da Polícia Federal