O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), órgão deliberativo máximo da Instituição, aprovou, por unanimidade, a outorga do título de doutor Honoris causa ao poeta, escritor e ficcionista paraibano Políbio Alves, de 81 anos.
A aprovação aconteceu em reunião ordinária do Consuni da UFPB em 31 de maio. A proposta da concessão foi protocolada em 6 de janeiro pela professora do Departamento de Ciência da Informação e ex-vice-reitora da UFPB Bernardina Freire. A outorga do título ainda não tem data definida, segundo o Cerimonial da UFPB.
“O título de Doutor Honoris Causa é a mais alta honraria que a Instituição concede. Neste caso, em especial, o Consuni ratificou a obra do escritor, poeta, cronista e artista da palavra Políbio Alves, reconhecendo sua produção literária”, afirma a professora Bernardina Freire.
“E isso acontece justamente quando sua obra é reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Estado da Paraíba, por meio da Lei 12.313, de 31 de maio de 2022. E, em 14 de junho passado, a Câmara Municipal aprovou sua produção literária como patrimônio imaterial”, contextualiza a docente da UFPB.
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Na avaliação da professora Bernardina Freire, com esta aprovação, a UFPB reconhece, com o aval do Consuni, uma literatura que é única. “Valorizando a genialidade de quem pinta a poética, a ficção com sua arte criativa. Fico muito feliz de ter sido sujeito proponente e grata à sensibilidade do colegiado máximo da UFPB”, comemora.
Políbio Alves dos Santos é natural da cidade de João Pessoa. Nasceu em 8 de janeiro de 1941, filho de Luzia Alves dos Santos e Severino Pedro dos Santos, in memoriam. Primogênito dos seis filhos, conheceu o universo das letras e das palavras antes mesmo de frequentar uma escola. Tem suas raízes nos bairros de Cruz das Armas e no Varadouro, centro da capital paraibana e locais que serviram de inspirações.
Graduado em Administração de Empresas, Políbio Alves ingressou no serviço público na como auditor federal do trabalho, cargo do qual é aposentado.
É autor de O que resta dos mortos (1983), Varadouro (1989), Exercício Lúdico – Invenções & Armadilha (2003), Passagem Branca (2005), Os objetos indomáveis (2013), La Habana Vieja: olhos de ver (2016), Al leste de los Hombres (2016), La traición de Hemingway (2016) e Acendedor de Relâmpago (2019).
Em 2000, ganhou destaque internacional em uma coletânea publicada em Trento, na Itália, onde se reuniram mais de 400 autores de diversas nacionalidades. Em 2002, na Argentina, sendo um dos 120 finalistas do prêmio Nuevos.
Entre os inúmeros prêmios e reconhecimentos que já recebeu, estão o Henry Miller de ficção; Prêmio Literário Augusto Motta; Concurso Augusto dos Anjos; Estandarte Cultural concedido pela comissão organizadora do Baile dos Artistas em Recife (PE); Placa de bronze disposta na Praça Antenor Navarro, no Varadouro, em João Pessoa, com trechos do seu poema Varadouro.
Do mesmo modo, já recebeu título de Personalidade Cultural Internacional concedido pela União Brasileira de Escritores; Prêmio Poesia Encenada do Sesc/PB; Medalha Poeta Augusto dos Anjos, pela Assembleia Legislativa da Paraíba; Comenda da Cidade de João Pessoa, pela Câmara Municipal de João Pessoa.
Ganhou duas vezes o Troféu Correio das Artes, do jornal A União, foi homenageado pela Escola Estadual Antônio Pessoa com a inauguração da Biblioteca Políbio Alves e recebeu a Comenda Ariano Suassuna, do Legislativo Municipal de João Pessoa. Sobre sua trajetória, há o documentário “Eis aí, o poeta!”, do publicitário Hélio Costa.
Fonte: UFPB