O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a se posicionar contra a implantação do voto impresso no Brasil, o que para ele poderia trazer a volta da fraude eleitoral. Em evento na Universidade de Oxford (Inglaterra), no fim de semana, Barroso afirmou que, quando presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve que gastar tempo e energia debatendo a volta do voto impresso “com contagem pública manual”. Era nessa linha a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) levada à votação na comissão especial da Câmara dos Deputados. Sua afirmação foi alvo de alguns questionamentos. Confira a nota divulgada pela assessoria do ministro:
– O texto final apresentado pelo relator da PEC 135/2019, que previa o voto impresso, afirmava expressamente: “Altera a Constituição Federal a fim de assegurar o direito do eleitor de verificar a integridade de seu próprio voto por meio da conferência visual de registro impresso, bem como objetivando garantir que a apuração do resultado das eleições se dê por meio de contagem pública e manual dos votos.” O texto do deputado Felipe Barros, de 4 de agosto de 2021, pode ser lido aqui.
– Votaram a favor desse texto – que acabou rejeitado –, apoiadores do Presidente da República, conforme votação divulgada pela Câmara.
– Na mesma linha, em diversas manifestações públicas, o próprio Presidente da República defendeu a “contagem pública dos votos”, como se confirma neste link (de 8:40 a 10:22) e neste tuíte: “Parabéns ao povo brasileiro. – Eleições democráticas somente com contagem pública dos votos.”
– Portanto, o que o Ministro Luís Roberto Barroso afirmou corresponde à exata realidade dos fatos, à pura verdade. Como tem afirmado o ministro, o voto impresso, em boa hora rejeitado pela Câmara dos Deputados, poderia trazer de volta o caminho da fraude eleitoral. Essa é a posição do ministro, que respeita as opiniões diferentes.
– Uma mentira muitas vezes repetida jamais libertará.
Com informações do STF