Não há nenhuma evidência de que o guarda municipal e dirigente petista Marcelo Aloizio de Arruda, morto no domingo (10), e Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) que atirou contra Arruda, se conheciam e tinham uma “rixa” antiga em Foz do Iguaçu (PR), conforme é dito nas redes sociais. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, e familiares dos dois homens afirmam que eles não se conheciam. As informações são da agência de verificação Aos Fatos.
A desinformação conta com 4.503 compartilhamentos no Facebook, centenas de interações no Instagram e 1.500 retuites no Twitter nessa terça-feira (12). O conteúdo também tem sido disseminado em grupos do Telegram.
Postagens nas redes sociais enganam ao afirmar que o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda e o seu assassino, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, se conheciam e tinham uma “rixa” antiga. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, a mãe de Guaranho e as esposas de Arruda e Guaranho dizem que os homens não se conheciam.
Arruda, que era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu e foi candidato a vice-prefeito pelo partido em 2020, comemorava o aniversário de 50 anos no sábado (9) em uma festa com a temática do PT e do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, quando Guaranho invadiu gritando: “Aqui é Bolsonaro!”. Após uma discussão com Arruda, o policial penal foi embora, mas voltou e atirou contra o aniversariante, que revidou. Arruda morreu na madrugada de domingo (10), e Guaranho segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Ainda no domingo, a policial civil Pâmela Suelen Silva, viúva de Arruda, disse ao site Metrópoles que o marido não conhecia Guaranho. “Eles não se conheciam. A gente não sabe quem é essa pessoa. Eu só sei que ele é um louco e que acabou com a nossa família. É isso que eu sei”, afirmou.
No dia seguinte (11), a mãe de Guaranho, a comerciante Dalvalice Rosa, falou ao UOL que o filho e Arruda não se conheciam. “Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia”, declarou ao site. Convidados da festa de Arruda também comentaram que não havia relação anterior entre os envolvidos no caso.
Com informações da agência de verificação aosfatos.org.