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Henrique Meirelles ataca política econômica do Governo Bolsonaro
Grace Vasconcelos - sob supervisão de Felipe Gesteira
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Meirelles afirma que política de Bolsonaro vai trazer perdas para o caixa do governo e dificultar a gestão do próximo presidente da República(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Henrique Meirelles utilizou suas redes sociais, nessa terça-feira (2), para tecer criticas à política econômica do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ex-presidente do Banco do Brasil e ex-ministro da Fazenda, Bolsonaro governou e legislou com o objetivo de receber votos nas eleições presidenciais de 2022 e alcançar sua reeleição, mas o “pacote de bondades”, como definiu Meirelles, vai trazer perdas para o caixa do governo e dificultar a gestão do próximo presidente da República.

O ex-ministro afirmou que o Brasil já acumula uma conta negativa de R$ 281,4 bilhões para o próximo ano, apoiado por um levantamento do jornal O Estadão, que teria sido gerada a partir da redução do caixa de governadores e prefeitos com a dispensa permanente do ICMS dos combustíveis, energia, transporte e comunicações e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Meirelles acredita que as decisões do governo são baseadas em um “imediatismo” e vão trazer mais dificuldades para a população que seria beneficiada por essas medidas, porque seriam ações insustentáveis e por possuírem um “forte fator inflacionário”.

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“A sensação de melhora da economia é momentânea, e está disfarçando uma ferida que crescerá”, afirmou Meirelles por meio das redes sociais.

Para Meirelles, o trabalho do próximo presidente eleito será difícil e precisará de “pulso, apoio e coragem” para recuperar a vida financeiras dos brasileiros. Ele escreve que o Governo Federal pode fazer um corte de custos da máquina pública, mas exige “trabalho e foco”, sendo necessário fortalecer a produtividade, gerar empregos e destaca a necessidade de uma reforma tributária.

A crítica do ex-ministro estabelece que há soluções para a crise econômica, mas quanto maior a conta negativa, mais problemático será para o próximo presidente da República.

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