A leitura da carta que mobilizou todo o Brasil em defesa da democracia impulsionou a lista de signatários, que passou de 1 milhão nesta quinta-feira (11). O movimento foi lançado após sucessivos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estado Democrático de Direito e ao sistema eleitoral brasileiro. A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!” é assinada por professores, banqueiros, artistas, ex-presidentes e candidatos à Presidência da República.
A carta foi lida em todo o país em diversos eventos, muitos realizados simultaneamente. O principal deles aconteceu na sede da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), que iniciou a mobilização nacional.
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O ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, participou da leitura do texto, destacando a união de empresários e trabalhadores em defesa da democracia. “Hoje é um momento inédito em que capital e trabalho se unem em defesa da democracia”, ressaltou.
Houve pouca adesão da classe política na Paraíba. Embora alguns dos candidatos ao Governo do Estado tenham feito questão de assinar, como João Azevêdo (PSB), que concorre à reeleição, e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), nenhum deles foi visto no ato que marcou a leitura da carta em defesa da democracia, realizado às 14h, em frente ao Lyceu Paraibano, no Centro de João Pessoa. Pedro Cunha Lima (PSDB) e Nilvan Ferreira (PL) sequer assinaram.
Os candidatos ao Senado Federal, Ricardo Coutinho (PT) e Pollyanna Dutra (PSB), assinaram a carta, mas assim como Veneziano e João, também não foram ao evento.
Diversos parlamentares paraibanos publicaram mensagens nas redes sociais em defesa da democracia e incentivando seus seguidores para que também assinassem a carta. O deputado estadual Anísio Maia (PSB), identificado com a esquerda na Paraíba há mais de 50 anos, esteve presente no evento.
Com informações da FDUSP