Se o “nosso futuro depende das nossas escolhas”, como dizia o slogan da Sabateena Politizades, essas escolhas são de todos ou só das elites? No evento promovido nessa quinta-feira (11) pela Rede Paraíba de Comunicação com a proposta de levar os candidatos ao Governo da Paraíba a debater com estudantes, chamou atenção a ausência de alunos da rede pública.
Tudo na sabatina era de alto padrão, a começar pelo local escolhido, uma casa de eventos de luxo localizada em Cabedelo. No palco, candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional: João Azevêdo (PSB), Pedro Cunha Lima (PSDB), Adjany Simplicio (Psol) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB); na plateia, adolescentes representando famílias das classes média e alta da Paraíba.
Veja também
PT rachado de novo? Campanhas de Luciano e Lucélio são lançadas sem a presença de Ricardo
Durante as reuniões para a realização do evento, houve pedidos para que as escolas da rede pública pudessem enviar seus alunos, mas segundo informou uma fonte ligada a um dos partidos, o pedido não foi acatado.
Antes mesmo de o evento acontecer já havia polêmica em torno do nome. Um grupo de pais conservadores que têm filhos matriculados no Colégio ISO divulgou protesto por meio das redes sociais contra o nome Sabateena Politizades. Segundo o documento, o evento estaria desrespeitando a norma culta da língua portuguesa. Na verdade, o protesto não passava de discurso contrário à diversidade.
Outra polêmica no evento ficou por conta do deputado federal e candidato ao Governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB). Em seu discurso, Pedro disse que blogs políticos na Paraíba são financiados com dinheiro público para blindar o governo.
A fala de Pedro provocou reação de entidades paraibanas que atuam em defesa da liberdade de imprensa. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba (Sindjor-PB) e a Associação Paraibana de Imprensa (API) repudiaram os ataques do candidato.