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Traições de lado a lado: 2º turno na Paraíba é marcado por dança dos aliados
Termômetro da Política
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Pedro celebra chegada de Buba, ex-aliado do pai e até então aliado de João (acima); João comemora adesão de Pedrito (Fotos: Divulgação)

Buba amava Cássio, depois amou Ricardo, até bem pouco amava João, mas agora só ama Pedro; Pedrito, que tanto amou Pedro, hoje alardeia aos quatro cantos que só ama João. Parece romance, mas na verdade as mudanças entre os ‘amores’ têm sido a marca das campanhas de Pedro Cunha Lima (PSDB) e João Azevêdo (PSB) neste segundo turno da corrida eleitoral ao Palácio da Redenção. Cada aliado que trai seu antigo afeto e decide mudar de lado é recebido com festa e grande divulgação.

São muitas as chamadas “traições” de quem estava com um candidato no primeiro turno e agora, no segundo, decidiu apoiar o lado oposto. No entanto, até aqui, nenhuma das mudanças de lado foi significativa a ponto de gerar um fato político capaz de mudar o rumo da eleição, até porque o movimento de migração não acontece somente em um sentido, ou seja, da mesma forma que Pedro recebe ex-aliados de João, o atual governador também tem se beneficiado com quem deixou Pedro.

Nada de novo

Dois dos aliados de João que foram para Pedro na verdade não foram, apenas “voltaram”. Tanto o deputado estadual e ex-prefeito de Picuí, Buba Germano (PSB), como o ex-deputado e ex-prefeito de Areia de Baraúnas, Antônio Mineral, já foram aliados do ex-governador Cássio Cunha Lima, pai de Pedro. Por isso, o movimento dos dois grupos políticos é visto como uma volta à casa.

Resposta

Do lado de João Azevêdo, a divulgação do apoio do ex-prefeito do município de Cruz do Espírito Santo, o candidato a deputado estadual Pedrito (União Brasil), foi vista como uma resposta aos sucessivos anúncios do opositor, que festejou a chegada de cada aliado de João que mudou de lado para sua base, mesmo no caso dos aliados históricos de seu pai Cássio.

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Pequeno, porém simbólico

O apoio do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), e de seu grupo político composto por esposa e irmão à campanha de reeleição do governador é simbólico. Luciano, Maísa e Lucélio estavam com Veneziano (MDB) no primeiro turno, e houve flerte para que seguissem o mesmo caminho de Vené, que fez um giro à direita para ficar com Pedro. Não é pouca coisa ter ao lado um ex-prefeito de capital como aliado, mas vale lembrar que a votação de Cartaxo foi decepcionante para o tamanho do cargo ocupado até bem pouco tempo. Assim, não serão os votos de Luciano que mudarão a vida de João em João Pessoa.

Quem poderia mudar a história da eleição ficou com João
Governador João Azevêdo e os deputados federais reeleitos Hugo Motta e Wilson Santiago: aliança mantida (Foto: Divulgação)

Fato político de peso seria a mudança de lado do Republicanos da campanha de João para a de Pedro. Foram muitas as tentativas para que o grupo liderado pelo deputado federal Hugo Motta cometesse traição. O próprio deputado federal e senador eleito Efraim Filho (União Brasil), motivo de dissidência no palanque de João no primeiro turno, pois foi apoiado pelo Republicanos com ‘chapa mista’, disse que iria atrás de trazer o partido inteiro. Efraim não foi o único interlocutor. Neste feriado de 12 de junho, o anúncio do “fico” feito pelo Republicanos à campanha de João trouxe tranquilidade ao governador.

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