Em entrevista à jornalista Joana Cunha, da Folha de S. Paulo, o co-fundador do Novo e ex-candidato à presidência da República, João Amoêdo, declarou que pretende votar no ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições. Apesar de ainda fazer críticas tanto ao candidato quanto ao seu partido, Amoêdo afirma temer pela continuidade do regime democrático em um eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro (PL), e que seu voto será uma “redução de danos”.
Amoêdo foi um dos idealizadores do Novo, fundado por setores críticos à gestão de Dilma Rousseff (PT). Em 2018, declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno.
A partir de 2020, porém, Amoêdo e diversos outros quadros do Novo assumiram postura crítica a Bolsonaro, chegando a defender seu impeachment diante de sua gestão da pandemia. Na entrevista, Amoêdo afirmou que o presidente “confirmou ser não apenas um péssimo gestor, (…) mas também uma pessoa sem compaixão com o próximo”, e que “é um governante autocrático que se coloca acima das instituições”.
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A decisão de votar em Lula, ele considera como não sendo um cenário ideal, mas uma garantia para ter “o direito a ser oposição, com eleições regulares, reeleição limitada, instituições minimamente independentes, imprensa livre e segurança para expor minhas ideias”. Apesar de considerar um voto difícil, Amoêdo diz que tentará lembrar dos discursos onde Bolsonaro debochou de vítimas da covid-19.
Fonte: Congresso em Foco