É possível utilizar aplicações de marketing para impulsionar vendas nos pequenos negócios? Cada vez mais presente no vocabulário corporativo, o marketing de uma empresa é capaz de identificar e antecipar as necessidades dos clientes e satisfazê-las de uma forma lucrativa.
A função, no entanto, muitas vezes se confunde com a de vendas dentro da empresa, o que pode prejudicar os resultados, afinal uma atua para facilitar as relações e outra para realizar, de fato, a troca comercial. “São dois lados da mesma moeda que devem estar subordinados ao mercado, e não o contrário”, frisa o professor da Fundação Dom Cabral, Elimar Melo.
“Algumas organizações separam o comercial e o marketing em áreas diferentes, mas, na verdade, elas deveriam ser tratadas como funções e não como áreas. Outro ponto que merece atenção é o digital. O digital é novo só para quem não é tão novo. Ele há muito tempo está aí e não é algo passageiro. O empreendedor tem que estar em todos os canais possíveis, tanto do ponto de vista do marketing como do comercial”, afirma o professor, acrescentando, ainda, que a lógica vale tanto para os pequenos negócios como para grandes empresas.
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Segundo ele, deve-se ter cuidado também com a vaidade das pessoas que lideram as duas funções. “Muitos líderes acabam gerando uma dificuldade de ação por conta de um jeito vaidoso de perceber o mercado, mas é ele – o mercado – quem vai ditar se compra ou não sua mercadoria, e por isso é importante entender qual é a demanda que existe”, diz.
As pequenas empresas, portanto, devem estar atentas às tendências de comportamento do cliente e, a partir daí, produzir seu marketing para realizar a venda, acompanhar o pós-venda e, com as informações do processo, retroalimentar o marketing.
De acordo com o especialista, as orientações valem tanto para o online como para o offline. “Uma boa prática é prestar atenção ao que os clientes estão falando através da presença em espaços como mercados municipais, por exemplo, ou dentro de shoppings. É preciso ver o que está fechando, onde as pessoas estão, o que elas estão falando”, destaca.
1) Não separar o marketing do comercial. De acordo com o professor Elimar Melo, é preciso entender que as funções são inseparáveis por si só. Enquanto o marketing é todo o esforço que se faz para facilitar as relações de troca, a venda é a própria relação de troca. E as ações de marketing visam facilitar essa relação de troca. “Tudo isso vai apurando, aprimorando e melhorando o conceito da organização e ela passa a ser mais conhecida, facilitando as relações de troca.”, explica o especialista.
2) Caso as funções estejam separadas, a segunda dica é estabelecer um diálogo constante e aberto. “Se eu tiver as funções separadamente exercidas por departamentos distintos, isso tem que ser muito conversado para que uma coisa não atropele a outra e para que uma não trabalhe para um lado e a outra para o outro lado”, ressalta.
3) Criar relação de interdependência. A interdependência deve ser compreendida entre todas as funções da organização, entendendo que qualquer atividade que é feita na empresa tem interdependência com as demais funções. Segundo o professor, os setores de marketing e vendas de uma empresa, depois de unificados, precisam compreender que estão inseridos em um único organismo e, por isso, estabelecem uma relação de interdependência com os demais setores para um funcionamento eficaz. “As organizações têm funções e ações que são exercidas na direção de uma ou de uma outra atividade Mas tudo é uma organização. O corpo é o mesmo”, explica o professor.
4) Produzir e gerar relações de confiança na organização. De acordo com o especialista, é preciso ter como base a confiança entre as pessoas que operam na os setores de marketing e o comercial para alcançar resultados conjuntos mais expressivos. Essa confiança pode ser adquirida e cultivada a partir das trocas constantes de informações entre as equipes e parceria nas atividades. A confiança, conforme explica o especialista, está intimamente ligada à interdependência, já que um vai precisar do outro para ser 100% eficaz.
5) Ter propósito. Por meio de metas, é possível fazer com que o marketing alinhe os propósitos da empresa com os objetivos de venda, construindo a identidade do negócio. “A organização tem uma razão de ser. As pessoas que administram a organização têm propósitos próprios, mas a organização também tem o seu. Definir um propósito é saber aonde se quer chegar”, destaca Elimar Melo.
Fonte: Assessoria de imprensa