Foi do município de Cuité, na Paraíba, a 235 km da capital João Pessoa, uma das primeiras denúncias do país a respeito da tentativa de golpe de Estado cometida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Neste domingo (30), segundo turno das eleições gerais no país, a corporação descumpriu ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizou operações em todo o Brasil, com maior concentração no Nordeste, dificultando o acesso dos eleitores às urnas.
“ABSURDO! Se pensam que dessa forma vão inibir o povo de votar em Lula, estão enganados. Lamentável estar acontecendo isso! Mas o povo virá votar sim, afinal, também temos o transporte que está trabalhando à serviço da justiça eleitoral. Mas fica aqui a nossa indignação por uma atitude que foge, inclusive, das determinações legais para o dia de hoje”, publicou em seu perfil na rede social Instagram o prefeito Charles Camaraense (Cidadania).
Em nota, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) informou que o presidente, desembargador Leandro dos Santos, reuniu-se, ainda no final da manhã, com os membros da corte eleitoral, com a Procuradora Regional Eleitoral e com o superintendente da PRF na Paraíba, para colher, deste último, as devidas informações do ocorrido. Segundo o superintendente da PRF, a operação era de rotina.
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Apesar da justificativa, são centenas de vídeos registrados em todo o país, principalmente em estradas no Nordeste, nos quais a PRF tem atuado de forma injustificada, atrapalhando o deslocamento dos eleitores aos locais de votação.
O Nordeste, local de maior concentração das operações, é a região onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve maior vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Das 549 operações registradas, 272 foram realizadas no Nordeste (49,5% do total).
Com informações do G1.
