Um segurança da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que não teve a identidade oficialmente revelada, foi preso em flagrante pela Polícia Civil de São Paulo, na madrugada deste domingo (30), por disparo de arma de fogo. O segurança é um dos envolvidos na confusão entre a parlamentar e o jornalista Luan Araújo durante uma discussão, no bairro de Jardins, em São Paulo. A deputada, uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL), perseguiu o jornalista, mentiu sobre ter sido agredida e agido em legítima defesa e apontou uma arma de fogo contra ele.
Ela segue em liberdade apesar de ter descumprido a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que restringe o transporte de armas 24h antes das eleições.
A deputada federal afirma ter agido em legítima defesa após ter sido agredida por “um homem negro” e “militante de Lula”. Um vídeo que circula nas redes sociais desmente a versão da aliada de Bolsonaro e comprova que ela forjou a agressão. O jornalista sequer toca na parlamentar. Ela tenta correr, cai sozinha e depois segue Luan Araújo. O homem grita por socorro enquanto corre, um barulho de tiro é ouvido e alguém pede que a polícia seja chamada. Ao entrar em um bar onde Luan Araújo tentou se refugiar, Carla Zambelli manda que o jornalista deite de no chão. Ele diz que ela quer matá-lo e senta em uma cadeira.
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Após o incidente, Luan Araújo registrou queixa em uma delegacia em São Paulo contra a parlamentar por ameaça e racismo. Depois de prestar depoimento, o homem pediu proteção e disse que está assustado. Carla Zambelli também registrou boletim de ocorrência.
Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) restringe o transporte de armas 24h antes das eleições. A decisão do TSE foi tomada, por unanimidade, em setembro deste ano, atendendo a um pedido dos chefes de Polícia Civil dos estados, que alertavam para os riscos diante do cenário político polarizado. O ministro Alexandre de Moraes determinou a investigação da conduta da deputada federal. Será investigado o possível crime eleitoral por porte ilegal de arma.
Um abaixo-assinado pede a cassação do mandato da deputada. De acordo com os organizadores, a parlamentar “mentiu de forma consciente para população e para a polícia, dizendo que foi agredida e empurrada pelo homem o qual ela perseguiu”.
O objetivo do abaixo-assinado “é pressionar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, visando a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por condutas incompatíveis com o decoro parlamentar”. Clique aqui para acessar o abaixo-assinado.
Com informações da Agência Brasil
