A Prefeitura de João Pessoa, por meio do Programa João Pessoa Sustentável, realizou, na noite dessa quinta-feira (15), a 1ª Audiência Pública para discutir a implementação dos Projetos de Recuperação e criação do Parque Socioambiental do Roger.
O objetivo foi criar um espaço de interação com a população para que ela possa opinar sobre a recuperação, os equipamentos e serviços do Parque. A audiência, que aconteceu no Ginásio Guarany no Roger, contou com cerca de 100 pessoas e foi transmitida ao vivo pelo canal da Prefeitura no Youtube.
“O intuito do Programa é melhorar cada vez mais a vida do pessoense, mas acima de tudo que a população esteja desenvolvendo junto com a gestão o Projeto do Parque Socioambiental”, afirmou Dorgival Vilar, diretor executivo do João Pessoa Sustentável.
A continuação de momentos como esses, nos quais a população recebe informações e avalia o que acha do projeto, o que ainda tem dúvidas, é fundamental para o sucesso do futuro Parque Socioambiental do Roger. Segundo Thaís Gidi, coordenadora de Aspectos Ambientais do Programa, “são momentos que a gestão entende ainda mais as demandas da população e esses detalhes podem ser incluídos na construção do projeto”, afirmou.
As atividades começaram com a apresentação dos músicos do grupo Baticumlata, que integram a equipe de Educação Ambiental da Emlur, eles animaram o evento com instrumentos feitos de materiais recicláveis. Em seguida teve apresentação do grupo Urso Gavião, do próprio Roger, que fomenta a cultura dentro das comunidades como uma forma educativa para crianças e adolescentes.
Os técnicos do Setor de Educação Ambiental da Bica levaram jogos ecológicos para que as crianças tivessem uma vivência de forma lúdica com a natureza.
A Secretaria Executiva da Participação Popular (SEPP) auxiliou na aplicação de um questionário referente as propostas do projeto, no qual foi respondido por cerca 80 pessoas. “Esse projeto não é da Prefeitura, é um projeto da cidade e do povo, por isso estamos aqui para representar nesse projeto o que a população quer” pontuou Thiago Diniz, secretário da Participação Popular.
As áreas e setores do Parque foram criados considerando: Estudos e Análises realizadas; Localização; Opinião da comunidade; Potencialidades da região (Núcleo Histórico, Linha Férrea). A escolhida foi a passiva. Isso porque possui menor impacto socioambiental e menor custo
Além disso possui um tempo de execução menor em relação às demais.
Há cinco alternativas de recuperação ambiental possíveis: desgaseificação ativa, desgaseificação passiva, remoção integral dos resíduos, remoção parcial dos resíduos e mineração. Não foram identificados altos níveis de poluição. Ainda assim será necessário fazer a recuperação ambiental da área. Só depois disso será possível a instalação de um Parque Socioambiental no espaço do antigo lixão.
Nos últimos meses foram feitos estudos do solo, da água e do ar, no antigo lixão, além de mais de 1.000 análises de laboratórios e avaliação de possíveis gases acumulados. Mesmo tendo recebido diariamente cerca de uma tonelada de resíduos sólidos de forma inadequada por 45 anos, o diagnóstico indicou níveis de poluição baixos. Ainda assim, será necessária uma recuperação ambiental antes da implantação do Parque.
O Parque Socioambiental é uma das prioridades do Programa João Pessoa Sustentável e será um espaço atrativo com lazer, esporte, cultura e profissionalização. O antigo lixão conta com uma área de 31 hectares de terra, no entanto a equipe responsável pelo desenvolvimento do Projeto delimitou que apenas 21 hectares serão integrados ao Parque Socioambiental. A equipe levou em consideração as áreas que precisam ser preservadas, por esse motivo toda a área será trabalhada, mas o Parque ficará menor.
Para o morador Joalison Cunha, o Parque é uma possibilidade de lazer, de comércio e de interação social, uma vez que o bairro não tem praça. “O Roger tem muitos equipamentos culturais e nem sempre tem espaço para ensaio e a gente vê nesse Parque um equipamento que dê mais possibilidades aos jovens”, concluiu o morador.
A ação do Programa João Pessoa Sustentável contou com a participação das Secretarias de Habitação Social (Semhab), Comunicação (Secom), Secretaria de Gestão Governamental (SEGGOV), Meio Ambiente (Semam), Participação Popular (SEPP), Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Juventude Esporte e Recreação (Sejer), Educação e Cultura (Sedec), Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Segurança Urbana e Cidadania (Semusb), Ciência e Tecnologia (Secitec), Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur) e Defesa Civil.
O projeto básico preliminar de recuperação do antigo lixão do Roger e de criação do Parque Socioambiental que será implantado na área, foi apresentado no dia 8 de novembro aos moradores. Na oportunidade, foi distribuída uma cartilha contendo informações sobre os estudos realizados e o que pode ser feito na área de 31 hectares.
O programa, orçado em 200 milhões de dólares, está previsto para ser executado até 2024. São 90 ações voltadas para a redução das desigualdades, modernização dos instrumentos de planejamento urbano, da prestação de serviços e da administração pública e fiscal. Por meio do João Pessoa Sustentável, a Prefeitura da Capital vai trazer dignidade e qualidade de vida para centenas de famílias que vivem em áreas de risco.
Fonte: PMJP