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INSS nega benefício de auxílio doença a paraibana com metástase 
Laura de Andrade - sob supervisão de Felipe Gesteira
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“Quem decide quem morre e quem vive?”. É o que a paraibana Gabriela Adloff, de 37 anos, questiona em suas redes sociais digitais. Ela luta contra o câncer há dois anos, atualmente com metástase, e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nega o benefício ao auxílio-doença que já foi solicitado três vezes, sendo duas delas indeferido. No Brasil, só em janeiro deste ano, havia 1,23 milhão de pedidos como o de Gabriela parados na instituição. E só no mês de dezembro de 2022, 732.987 pessoas solicitaram o auxílio ao INSS.

Gabriela aguarda o resultado da liminar de uma ação judicial contra o INSS (Foto: Reprodução/Instagram)

O benefício é crucial para a continuação do tratamento de câncer, e os médicos já aprovaram o seu diagnóstico, mas o processo foi indeferido nas instâncias administrativas do INSS. No primeiro, Gabriela teve que faltar porque estava no início do tratamento com a quimioterapia e estava bastante debilitada. Na segunda tentativa, o indeferimento se deu pelo motivo de uma suposta ausência da paciente para a realização do exame médico-pericial, do qual Gabriela afirma ter comparecido. Ela chegou a voltar presencialmente ao INSS e fazer uma gravação da médica, que confirmou o atendimento e afirmou que havia aprovado o benefício. O vídeo foi disponibilizado na rede social Instagram no dia 21 deste mês.  

Documento que justifica o indeferimeto do auxílio por uma suposta ausência de Gabriela à realização do exame médico-pericial (Imagem: Reprodução)

Gabriela diz que desde 2019 o INSS vêm sendo sucateado. Para ela, quem decide quem morre e quem vive é resultado desse constante descuido. E quem mais sofre com ações como essa são os próprios pacientes em estado grave de saúde e que têm o direito negado. “Além de estarmos na fila da morte, quando a gente finalmente consegue um atendimento, um médico realmente vê que você está doente, faz o laudo, aprova, mas é negado”, disse Gabriela.

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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) e Ministério da Previdência Social, a fila de espera no INSS em janeiro deste ano teve um aumento 13% em janeiro em relação a dezembro do ano passado. Em janeiro, eram 1,23 milhão de pedidos parados há mais de 45 dias, enquanto em dezembro eram 1,08 milhão. Além disso, em dezembro do ano passado, 732.987 pessoas entraram com pedido de benefício no INSS. Em janeiro, foram 815.099, somando-se aos que já estavam esperando.

Gabriela sente dificuldades em respirar. Quando sobe um lance de escadas, tem arritmia. Lhe falta oxigênio. Atualmente, aguarda o resultado da liminar de uma ação judicial contra o INSS. “Nesses quase dois anos de doença, passei 7 meses em SP para retirar 1,2kg de tumores no fígado, onde passei por vários internamentos e não tinha quem pudesse correr atrás disso para mim. Com muita dificuldade eu consegui que familiares ficassem com minha filha, imagina conseguir alguém que corresse atrás dos meus direitos, não tive”, disse.

Confira o relato de Gabriela em vídeo:

Com informações do Portal g1 

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