Foi um protesto esvaziado, mas não menos criminoso. Neste feriado de 1º de Maio, em que se comemora o Dia Internacional do Trabalhador, um grupo de manifestantes de extrema-direita ocupou a Avenida Paulista, em São Paulo, para disseminar notícias falsas (fake news) e promover ataques ao estado democrático de direito.
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Os golpistas exibiam faixas ostentando textos em inglês, a fim de chamar atenção da mídia internacional. O lema “Nós precisamos da nossa democracia de volta” marcou o tom antidemocrático do manifesto, já que o Brasil hoje é regido sob uma democracia plena e vem de eleições gerais em que um presidente da República foi eleito pelo voto popular.
O país tem enfrentado atos golpistas desde a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas eleições. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam as portas dos quartéis do Exército Brasileiro, sob a conivência das Forças Armadas, desde a derrota do seu líder, ainda em outubro do ano passado. O ápice do movimento aconteceu na tentativa de tomada dos prédios dos Três Poderes, nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Centenas de participantes e financiadores do atos golpistas de 8 de janeiro estão sendo investigados e deverão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro foi criada para ampliar as investigações sobre os crimes contra a democracia brasileira.
