A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse na noite dessa quarta-feira (21) que não vê motivo para que o Conselho de Política Monetária (Copom), do Banco Central, mantenha a taxa de juros a 13,75%. “A taxa de juros tem impacto no fomento e na indução ao desenvolvimento do país”, afirmou, durante a posse do novo presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Celso Pansera, em Brasília. A entidade reúne 34 instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs).
Luciana destacou que o Brasil tem registrado “crescimento, superávit comercial, queda da inflação, que passou de 12,5% para 4,5%, e indicadores macroeconômicos que não justificam a taxa de juros”. O evento contou com a participação de dezenas de parlamentares e executivos de instituições financeiras de desenvolvimento, aglutinadas no Sistema Nacional de Fomento (SNF).
O novo presidente da ABDE, que continua à frente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), destacou que realizará uma “gestão bastante centrada, muito ágil e de bastante trabalho para ganhar velocidade”. “Neste momento, vamos fortalecer o Sistema Nacional de Fomento com ações práticas, rápidas, indo aos estados que ainda não têm agências e convencer os governadores a criá-las. Nós temos que capilarizar o acesso aos recursos baratos”, afirmou.
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A ex-presidente Jeanette Lontra, antecessora de Pansera no posto, destacou a importância do Plano ABDE 2030 de Desenvolvimento Sustentável, que, segunda ela, deve continuar a direcionar as ações do Sistema Nacional de Fomento. “Por nossa especificidade, somos desafiados a assumir mais riscos para promover o desenvolvimento. As instituições financeiras de desenvolvimento têm liderado uma enorme transformação, operando os principais instrumentos de garantia ao acesso a recursos por pequenos empreendedores”, asseverou.
Fonte: Assessoria de imprensa