No final de maio, o atacante do Real Madrid, Vinícius Junior, foi mais uma vez alvo de ataques racistas na Espanha. Nove anos atrás, a vítima foi o então goleiro do Santos, Aranha, alvo de injúria racial durante uma partida da equipe contra o Grêmio, em Porto Alegre. Aranha é um dos convidados da audiência pública que a Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) faz nesta segunda-feira (26), às 10h, para debater “O Combate ao Racismo no Futebol”.
Em 2014, torcedores gremistas atacaram Aranha com gestos e palavras criminosas e foram flagrados pelas câmeras de transmissão. Sete pessoas foram indiciadas por injúria racial, e o Grêmio acabou excluído da Copa do Brasil.
Além de Aranha, foi convidado o diretor do Observatório de Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho; e representantes do Ministério do Esporte, da CBF, de clubes de futebol, de torcidas organizadas, de árbitros e de outras organizações ligadas ao futebol.
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A audiência atende a requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS). O parlamentar afirma que o país precisa tratar os casos de racismo com maior rigor.
“Existem relatos da prática do crime de racismo, tanto por atletas, torcedores, dirigentes e arbitragem. Infelizmente presente com diversos atores do futebol. Desta forma, a nação tem a obrigação de tratar as questões do racismo com maior severidade, e o futebol tem o dever de ser exemplo, afinal o esporte mais popular, aliado à educação, proporciona uma melhor conscientização”, aponta o senador no requerimento (REQ 42/2023 – CDH).
Fonte: Agência Senado