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Política -
Parlamentares enquadram na esfera criminal pastor que incitou fiéis contra população LGBTQIAPN+
Termômetro da Política
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O pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, terá que responder na esfera criminal a respeito de suas pregações com suposto conteúdo de ódio contra a população LGBTQIAPN+. A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) e o senador Fabiano Contarato (PT-ES) estão representando ações contra o líder religioso.

“Se eu pudesse matava tudo e começava tudo de novo, mas já prometi pra mim mesmo que eu não posso, então agora tá com vocês”, disse André Valadão, como se fossem palavras de Deus, em referência à população LGBTQIAPN+ (Foto: Reprodução/Instagram)

Erika Hilton já havia movido uma representação contra o pastor junto ao Ministério Público de Minas Gerais, em 5 de junho, por suposto crime de ódio contra a população LGBTQIAPN+. No documento, a parlamentar reforça que, conforme legislação referendada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o crime é equiparado ao racismo.

Nesta segunda-feira (3), o senador Fabiano Contarato também anunciou que iria representar o pastor na esfera criminal. “Por tudo que sou, pelo que acredito, pela minha família e por tudo que espero para a sociedade, não posso me calar diante do crime praticado por André Valadão. Vamos representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violência”, publicou o parlamentar em seu perfil na rede social digital Twitter.

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“Em um país onde tanto se mata LGBTQIA+, André Valadão não pode falar em nome de Deus. Deus é união, amor, respeito e tantos sentimentos bons, jamais um incentivador de discurso de ódio e de assassinatos em massa”, complementou Contarato.

Entenda o caso

Durante uma pregação em sua igreja nesse domingo (2), André Valadão, como se fossem as palavras de Deus: “Se eu pudesse matava tudo e começava tudo de novo (sic), mas já prometi pra mim mesmo que eu não posso, então agora tá com vocês”. O vídeo com o suposto discurso de ódio do pastor incitando seus fiéis contra a população LGBTQIAPN+ circula nas redes sociais.

Hoje, em seu perfil na rede social digital Instagram, o pastou procurou se retratar dizendo que a pregação não era sobre matar, segregar, mas sobre resetar, levar de volta ao princípio.

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