As mudanças climáticas, aceleradas pelas atividades humanas desde a revolução industrial, estão provocando uma crise global com reflexo em um bioma exclusivamente brasileiro: a Caatinga. Em pesquisa conjunta realizada pelas universidades brasileiras UFPB, UFPE e Unicamp no ano de 2019, foram avaliados os impactos negativos das mudanças climáticas causadas pelo homem nos mamíferos e nas plantas no bioma. Os pesquisadores alertam sobre risco de desertificação e impacto nas comunidades locais.
Os estudos apontaram uma lista de espécies ameaçadas de extinção e áreas prioritárias para conservação, e foram liderados pelos pesquisadores Gibran Oliveira e Fellipe Alves Ozório. São pesquisas que têm contribuído para o diálogo com a sociedade e organizações, fomentando o desenvolvimento sustentável para enfrentar os impactos climáticos e garantir a qualidade de vida da população brasileira. Os resultados foram reconhecidos internacionalmente. Gibran Oliveira recebeu prêmios e menções honrosas. A equipe também foi agraciada com o prestigioso Prêmio Descarbonário do Climate Reality Project Brasil.
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O aumento rápido das temperaturas e a diminuição das chuvas representam um sério risco para o equilíbrio ambiental e a sobrevivência de diversas espécies, incluindo mamíferos e plantas da Caatinga e outras regiões áridas do mundo. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o planeta Terra teve os dias mais quentes já observados entre 4 e 7 de julho.
O alerta é feito por Gibran Oliveira, que enfatiza a importância vital da natureza na manutenção dos ecossistemas e no fornecimento de alimentos e energia para a humanidade. A necessidade de agir agora para cuidar da natureza e usar a ciência e a biodiversidade para preservar a vida no planeta é imperativa, pois os efeitos dessas mudanças terão repercussões em toda a sociedade.
Os estudos conduzidos pelas universidades brasileiras UFPB, UFPE e Unicamp utilizaram técnicas complexas de programação e modelos matemáticos para avaliar o impacto das mudanças climáticas na Caatinga. As pesquisas revelaram que mais de 40% da Caatinga pode se tornar deserto até 2060, levando à extinção de mais de mil espécies de plantas. Além disso, cerca de 22 espécies de mamíferos perderão seus abrigos na região até 2060, chegando a 79 espécies até 2100.
A destruição das florestas e o aumento das desigualdades sociais agravam ainda mais as ameaças enfrentadas pelas espécies, especialmente comunidades locais e povos tradicionais. É crucial que as descobertas dessas pesquisas sejam consideradas para implementar políticas e ações que protejam o ecossistema e garantam um futuro sustentável para as próximas gerações.
Fonte: Assessoria de imprensa