O olhar inclusivo da gestão é responsável pelo acolhimento de 1.717 crianças da rede municipal de ensino, que atualmente conta com mais de 950 cuidadores. O total de alunos com algum tipo de deficiência é de 3.664 estudantes. É diante desse cenário que o prefeito Cícero Lucena (PP) sancionou, nesta quinta-feira (9), o Projeto de Lei do vereador Odon Bezerra (PSB), que denomina o Centro de Atendimento ao Autista, da Prefeitura de João Pessoa, de Alexandre Moura Andrade Magalhães Dardenne – criança autista que faleceu aos nove anos após se engasgar com uma bola de sopro.
“Infelizmente, a dor do casal e de seus familiares faz com que vivamos esse momento. Devemos transferir isso para que Deus nos permita ajudar a salvar o maior número possível de crianças com ações preventivas. Ter a oportunidade da informação nos possibilita reverter isso em proteção às nossas crianças, independentemente de serem crianças especiais ou não”, disse o gestor no Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria.
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A missão do Centro de Atendimento ao Autista, que funciona no bairro do Rangel, é impulsionar o serviço de atendimento especializado as pessoas diagnosticadas com o Transporte do Espectro Autista (TEA), seja física, sensorial ou mental, bem como a integração social do adolescente e do jovem deficiente e a eliminação de todas as formas de discriminação. O vereador Odon Bezerra disse que a Lei faz uma justa homenagem ao menino Alexandre, perpetuando seu nome em uma instituição de causa tão nobre.
O vereador chamou atenção aos cuidados e a proteção das crianças diante de riscos, como o que vitimou tragicamente Alexandre. “As bolinhas de sopro, como se diz popularmente, elas acarretam risco à vida e à saúde, principalmente das crianças, e essa informação não pode ficar resumida única e exclusivamente na nossa cidade, ela tem que se espalhar por todo o Brasil”, afirmou.
Os pais do menino Alexandre, Marco Antônio Dardenne e Monique Andrade, fizeram um relato bastante emocionado da passagem do filho – de seu acolhimento na Escola Municipal Ângelo Notare e de como a lembrança do seu nome será importante. “Estamos felizes, ainda mais numa instituição que vai acolher essas crianças com autismo. Estamos muito gratos ao prefeito, ao vereador Odon Bezerra. Vamos seguir em frente, perpetuando o nome do nosso filho”, disse Marco Antônio Dardenne.
“Apesar da tragédia do meu filho, vai servir de alerta para que não aconteça com outras crianças, para que se tenham mais cuidado, mais respeito com a criança autista, a pessoa portadora de alguma deficiência. Que não se trata de um objeto, mas um ser humano, que é extremamente amado por uma família, de forma incondicional. Então, eu recebo essa homenagem com muito amor e gratidão. Agradecer ao município de João Pessoa por ter proporcionado todas as alegrias ao meu filho quando foi acolhido na Escola Ângelo Notare e também ao Centro Helena Holanda”, agradeceu a mãe de Alexandre, Monique Andrade.
Fonte: PMJP